(Foto ilustrativa) A PM de Olímpia registrou no final da tarde de ontem, sábado (10), uma ocorrência de Disparo de Arma de Fogo. O caso teria ocorrido na rua Domingos Bízio, 286, Jardim Santa Ifigênia.

Segundo o BO PM registrado pelos policiais Cb Carmo Ribeiro e Sd Eneilson, eles foram até o local dos fatos atendendo a um chamado do COPOM. Consta que lá no local (do Disparo de Arma de Fogo) só estava a vítima Vanderlei Aparecido T.Silva e a testemunha e esposa Fabiana Perpétua Pedro.

No local os policiais ouviram Fabiana que deu a seguinte versão: Que ela estava em sua casa e recebeu a visita da irmã. Quando saiu no portão para se encontrar com a irmã junto com ela chegou o indivíduo conhecido como "Paulinho" , que segundo o BO PM é dono do bar que fica ao lado da residencia de Fabiana e Vanderlei. Que Paulinho passou a proferir palavras de ofensas contra Vanderlei, o marido dela. Em dado momento, o marido dela que estava dormindo acordou e saiu para ver o que acontecia mas ao chegar na rua, em frente ao bar (de Paulinho), ele foi recebido com um Disparo de Arma de Fogo. A própria vítima, Vanderlei, contou ainda aos policiais que já havia sido ameaçado por Paulinho em data anterior e que se dirigiu até a delegacia de Olímpia para registrar o BO contra Paulinho, mas que não obteve êxito. Vanderlei contou que naquele dia teria visto a Arma de Fogo calibre 38' Taurus de cor preta. Continua a vítima, já no dia de hoje (ontem no caso) o mesmo agressor foi até a casa dele e o ameaçou novamente. Quando acordou e ouviu gritos na rua ele saiu para ver o que ocorria. Ao chegar no meio da rua foi recebido com um tiro dado por Paulinho. Esta a versão na íntegra de Paulinho que consta no BO PM, ou seja, confirmando o que a mulher dele disse.

Imediatamente os policiais levaram a vítima e testemunha para a delegacia de polícia onde o caso foi registrado pela escrivã Lucimara como Disparo de Arma de Fogo, caso à ser investigado pela Polícia Civil.

Na manhã desta segunda-feira (12), o advogado olimpiense Leo Bom (Foto) apresentou também "Paulinho" na delegacia de Polícia de Olímpia, ele que estava sendo acusado de ter disparado um tiro contra uma vizinho de seu estabelecimento comercial localizado no Jardim Santa Ifigênia.

Orientado pelo experiente Leo Bom, em sua oitiva, "Paulinho", na verdade Paulo Donizetti Vasques Carreira, 47 anos, comerciante e morador do Jardim Santa Ifigênia, contou que trabalhou durante 27 anos e 3 meses em usinas da região como soldador e a partir de sua demissão, há cerca de 5 anos, montou um estabelecimento comercial (Bar) no mesmo terreno de sua casa. Seu bar é frequentado por trabalhadores, diferente de muitos outros que aceitam pessoas de má índole. Que conhece Vanderlei a quem chama de "Baianinho", posto que ele reside na mesma rua, perto do bar. Que "Baianinho" se esconde atrás da bebida para tornar-se violento. Que há cerca de um ano ele apareceu no bar, já embriagado e com uma faca na cintura, causando constrangimento aos seus clientes que são sempre pessoas do bem. Que pediu a Baianinho que fosse embora do bar, o qual lhe fez ameaças de morte, contudo, Paulinho não registrou Boletim de Ocorrência. Depis disso, Baianinho retornou e se desculpou do que havia feito. Cerca de três meses atrás Baianinho novamente embriagado, esteve na casa de Aparecida, conhecida como "Tida", de posse de uma faca e ameaçou um rapaz conhecido por "Testinha" que estava na casa dela. Paulinho disse que na ocasião Baianinho chegou a colocar a ponta da faca no peito de Testinha e depois Baiainho saiu de la´e foi até o bar. Lá ele começou a se exibir com a faca em punho e dizendo como cravaria-a no peito de Testinha. Tal fato amedrontou seus clientes que aos poucos foram indo embora. Paulinho contou que novamente advertiu Baianinho e pediu que ele não fosse mais no bar dele armado, e mais uma vez Baianinho ameaçou matá-lo ou colocá-lo na cadeia, ainda que para isso precisasse "jogar drogas" na sua casa ou no seu bar. Não satisfeito ainda, Baiainho ligou para os policiais denunciando falsamente Paulinho, dizendo que o mesmo mantinha arma e droga no seu imóvel. Os policiais foram até o local e Paulinho autorizou que fizessem buscas no local, nada sendo encontrado pelos policiais. Foi aí que Paulinho contou aos policiais sobre as ameaças feitas por Baianinho sendo então orientadon a registrar quantas ocorrências fossem necessárias, o que o fez. A partir de então ele nunca mais frequentou seu estabelecimento comercial, contudo, não media esforços para provocar-lhe quando passava na rua. Paulinho disse ainda que sempre ignorou por isso ele andava frequentando um outro bar que fica em frente o dele. Que no último dia 10, na parte da tarde, sua filha L.P.P.V. contou para a sua esposa que ao passar na rua teria sido ofendida moralmente por Baianinho que a chamou de 'Baleia Azul" e biscate. A pedido de sua esposa a filha lhe contou pessoalmente o constrangimento que teria passado, razão pela qual Paulinho orientou a filha à ir na delegacia formalizar uma ocorrência contra Baianinho, somando-se a outra já feita por Paulinho. Assim que a filha retornou da delegacia , já no entardecer, Baianinho apareceu na porta de sua casa, novamente de posse de uma faca quando disse-lhe: "Você, sua filha e sua mulher não um para mim..." Paulinho então questionou: O que você quer? Baianinho respondeu: Eu quero te matar! Paulinho conta que armou-se de um porrete e ele correu para a casa dele. Paulinho então voltou para seu bar e continuou trabalhando. Pouco depois viu que uma VTR da PM estacionou na frente da casa de Baianinho, acreditando que tenha sido a pedido dele mesmo. Paulinho disse que ficou esperando que os policiais fossem até seu bar para ouvir a versão dele, mas não o fizeram, deixando o local e levando Baianinho e a mulher dele na VTR da PM.

No outro dia, ontem, domingo (11), sua filha viu uma notícia divulgada na internet (OLIMPIA24HORAS) informando que o declarante "tinha dados dois tiros nele". [No OLIMPIA24HORAS só fala em 1 tiro disparado e não 2 como informou a filha].

Por fim Paulinho termina seu longo depoimento, sempre ao lado de seu defensor, o advogado Leo Bom, informando que no dia de ontem, domingo (11), abriu seu bar normalmente e que nenhum entrevero ocorreu com Baianinho. Paulinho nega a versão apresentada por Baianinho e caso tivesse intenção de matá-lo com algum tiro ou ameaçá-lo com algum revólver, teria feito no momento que ele apareceu na porta de sua casa com a faca a na mão e fazendo ameaças. Na verdade Paulinho disse que é ele quem teme pela sua vida e de sua família, pois ele é covarde quando está sóbrio e violento quando bebe. Paulinho afirma que não tem e nunca teve qualquer tipo de arma de fogo. Este foi o depoimento na íntegra de Paulinho.

LEO BOM CORROBORA A VERSÃO DE SEU CLIENTE
Segundo Leo Bom, seu cliente é honesto, trabalhou a vida toda quase em usinas e mantem o bar para o sustento de sua família. E mais, que ele nunca teve problemas com ninguém no bairro, a não ser com Baianinho. Que seu cliente se compromete a atender a justiça todas as vezes que for chamado, ou seja, provando que não teme a verdade e não deve nada à justiça.