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TABAPUÃ - Campanha alerta para epidemia de Greening na região

Postado em: 21/02/2018

Ação prevê erradicação de pés de murta e laranja
contaminados, além de distribuição de material educativo

Unidos contra o Greening. Esse é o tema de campanha promovida pela Prefeitura de Tabapuã (SP), em parceria com o Grupo Junqueira Rodas e Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus), que tem início nesta semana e vai até o final do mês de fevereiro.

Hoje, segundo a Fundecitrus, no Estado de São Paulo, 16,73% das laranjeiras do cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo Mineiro estão contaminados com o greening. Na microrregião de Rio Preto, a taxa vem aumentando – no ano passado foi de 5,49% contra 3,3% em 2016.

Durante a campanha, serão duas frentes de ação – uma educativa, com distribuição de material educativo e conscientização para a população dos moradores e produtores rurais e outra de erradicação dos pés de murta, também conhecida como dama da noite (Murraya paniculata), e laranja que estejam contaminados com a bactéria causadora do greening ou amarelão.

A doença é causada pelas bactérias Candidatus Liberibacter asiaticus e Candidatus Liberibacter americanus, sendo transmitidas para os pomares pelo psilídeo Diaphorina citri. A contaminação é capaz de dizimar um pomar inteiro

Na primeira parte da campanha será distribuído o material educativo. Na sequência, com apoio de colaboradores da Junqueira Rodas, técnicos da Prefeitura e Fundecitrus, será feita uma varredura em toda a área urbana, bem como em pequenas propriedades na área rural, para substituição de pés de murta e laranja que estejam contaminados por mudas de plantas ornamentais, que serão doadas.

Segundo Rodrigo Rodas Lemo, gerente de produção agrícola da Junqueira Rodas, combater o greening é de suma importância para a citricultura. “É preciso um monitoramento rigoroso, tanto do inseto que transmite as bactérias como de plantas contaminadas, por isso a importância da campanha e ação associadas”, ressalta.

Unidos contra o greening

Há três anos, as fazendas do Grupo Junqueira Rodas adotou rígido controle fitossanitário contra o greening, de acordo com o Alerta Fitossanitário do Fundecitrus, viu a incidência da doença cair de 1,86%, em 2013, para 0,46%, em média, em 2015 em todas as fazendas do grupo, redução de 73%.

“Na Fazenda Água Milagrosa, como em todas as outras propriedades do grupo, o controle é rigoroso, seguimos rigidamente o pacote de medidas de controle para diminuir a contaminação”, frisa Sarita Rodas, presidente do grupo.

Semanalmente, a equipe faz avaliação das armadilhas amarelas, instaladas a cada 50 metros, no perímetro das fazendas. Se é encontrado um psilídeo na armadilha, ações de controle são desencadeadas com aplicações de defensivos e eliminação de árvores doentes.

O grupo também segue à risca os protocolos do Fundecitrus, enviando periodicamente informações sobre a população do inseto, com planos de ação em pontos críticos.

Com relação ao plantio, a Junqueira Rodas só utiliza mudas produzidas em viveiro próprio.


Sobre o Grupo Junqueira Rodas

Fundado em 1968, o Grupo Junqueira Rodas, um dos maiores do agronegócio brasileiro, é produtor de laranja, cana-de-açúcar e gado Tabapuã. As operações são distribuídas em 13.271 hectares divididos em 12 propriedades no estado de São Paulo e uma no Mato Grosso do Sul. Em quatro anos, foram investidos mais de R$ 123 milhões nas culturas e no gado, dobrando o faturamento anual nesse período.

A laranja é o principal produto da empresa, comercializada in natura para produção de suco. São 2.087.670 árvores plantadas em 4269 hectares; a safra recorde é de 4.300.000 caixas, registrada no ciclo 2017/2018. A produção de cana-de-açúcar chegou a 225.000 toneladas na última safra. Os canaviais estão em 3.837 hectares do Grupo. A Fazenda Água Milagrosa, localizada na cidade de Tabapuã, comporta as 1.300 cabeças de gado Tabapuã. A raça genuinamente brasileira é utilizada para fertilização e melhoramento genético


DOENÇAS E PRAGAS
Saiba mais sobre o Greening / HLB

O Greening (Huanglongbing/HLB) é a mais destrutiva doença dos citros no Brasil. Não há variedade comercial de copa ou porta-enxerto resistente à doença e as plantas contaminadas não podem ser curadas.

As bactérias Candidatus Liberibacter asiaticus e Candidatus Liberibacter americanus são as responsáveis por causar a doença. Elas são transmitidas para as plantas de citros pelo psilídeo Diaphorina citri.

Tanto as bactérias quanto o psilídeo também são encontrados na planta ornamental Murraya spp., conhecida como falsa-murta.

Surgido na Ásia há mais de cem anos, o HLB foi identificado no Brasil em 2004, nas regiões Centro e Leste do Estado de São Paulo. Hoje, está presente em todas as regiões citrícolas de São Paulo e pomares de Minas Gerais e Paraná.

A bactéria multiplica-se e é levada por meio do fluxo da seiva para toda a planta. Quando há sintomas na extremidade dos galhos, ela pode ficar alojada em vários pontos, inclusive na parte baixa do tronco e nas raízes, o que torna a poda inútil e perigosa. Além de não curar a planta, as brotações que surgem após a poda servem como fonte para novas infecções. 

As árvores novas contaminadas pelo greening não chegam a produzir e as que produzem sofrem uma grande queda de frutos. Os pomares com alta incidência da doença devem ser totalmente eliminados porque praticamente todas as plantas, inclusive as sem sintomas, devem estar contaminadas. 

De acordo com a Instrução Normativa nº 53 publicada pelo Ministério da Agricultura, em outubro de 2008, o produtor deve inspecionar e eliminar as plantas doentes. As inspeções devem ser feitas pelo menos a cada três meses e os resultados encaminhados à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado por meio de relatórios semestrais. Talhões com incidência superior a 28% de plantas com sintomas devem ser totalmente eliminados.

 Existe multa para o citricultor que não erradicar as plantas doentes.
Fonte: http://www.fundecitrus.com.br/doencas/greening/10

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Jornalista responsavel:
Julio Cesar Faria
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