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SAÚDE - HPV é a doença sexualmente transmissível mais comum no mundo e esconde graves perigos

Postado em: 20/09/2017 Por Dr. Paulo Salustiano

75% das pessoas terão contato com o vírus em algum momento da vida. Verrugas genitais não são o único indicador, de acordo com urologista.

A infecção pelo HPV é considerada a doença sexualmente transmissível (DST) mais comum no mundo e pode se apresentar através de verrugas genitais ou lesões subclínicas imperceptíveis ao olho nu. Cerca de 75% dos homens e mulheres poderão ter contato com o vírus em algum momento de suas vidas.

Existem mais de 150 tipos de HPV e cerca de 40% deles podem infectar a região genital, peri-anal e orofaringe. Embora nem todos os tipos possam levar ao câncer, aproximadamente 5% de todos os cânceres no mundo tem alguma associação com o vírus. Embora esses dados sejam bastante expressivos, é muito importante o esclarecimento das pessoas para que elas possam se prevenir, se tratar e evitar problemas futuros.

"Apenas para dimensionarmos o tamanho do problema, podemos dizer que o HPV é a causa de  mais de 90% dos cânceres de colo de útero, 75% dos cânceres de vagina, 60% de vulva, 63% de pênis, 91% dos cânceres anais e perianais e 72% dos tumores de orofaringe", pontual o urologista Paulo Salustiano.

"Diante de tais dados, é de se esperar que muitos pacientes procurem ajuda médica com dúvidas, medos e questionamentos relacionados ao tema. A primeira coisa que devemos ter em mente é que sua transmissão ocorre através da pele ou mucosa contaminada no contato direto. Isso significa que embora haja transmissão através de outras formas como: compartilhamento de roupas, má higiene, transmissão de mãe para filho na amamentação, sabemos que mais de 95% dos casos de transmissão ocorre pelo contato sexual direto. Assim sendo, podemos inferir que quanto maior o número de parceiras ou parceiros sexuais, maior será o risco de infecção", diz Paulo Salustiano Urologista e Urooncologista.

Mas e a camisinha? Protege contra o vírus?

A resposta é mais ou menos. Como sabemos, o vírus se aloja na pele ou mucosa da área genital, que inclui face interna da coxa, virilha, púbis, região perineal. A camisinha pode proteger um pouco mas não é um método 100% eficaz na prevenção. Ainda falando em prevenção dispomos atualmente da vacina contra o HPV que já está disponível no mercado há mais de 10 anos e na rede pública mais recentemente para pré-adolescentes.

Vacina previne até 70% dos cânceres causados por HPV, homens também devem se vacinar

No Brasil temos as vacinas bi e quadrivalentes. Essas vacinas podem ajudar na prevenção de até 70% dos cânceres (ambas) e 90% das verrugas genitais (quadrivalente) e hoje são recomendadas a homens e mulheres entre 9 e 26 anos, independente da exposição prévia ao vírus.

Outro ponto extremamente importante é que essas infecções emboram mais comumente se resolvam em até 2 anos, podem permanecer no organismo por 10 anos ou mais.

Isso significa que casais, ou indivíduos com parceiro ou parceira fixa podem apresentar sintomas e isso não necessariamente representar que alguém na relação teve um contato sexual com alguma pessoa nova.

Tratamentos

Os urologistas dispõem de muitos recursos que podem variar desde pomadas até cirurgia para eliminar essas lesões. As mulheres devem realizar anualmente, após início da atividade sexual, o exame de papanicolau. Esse é aquele exame que o ginecologista avalia o colo de útero junto com o patologista. Mesmo com a presença de pequenas lesões pré-malignas o tratamento é muito eficaz e dificilmente evoluirá para um câncer.

Fatores que aumentam o risco de infecção

Homossexuais tem maior incidência de câncer de canal anal e indivíduos HIV positivos estão sob maior risco das infecções e do desenvolvimento de câncer. Outro importante fator de risco é o tabagismo, e que deve ser evitado em pacientes de risco com lesões recidivantes. O importante é a prevenção através de hábitos saudáveis, boa alimentação, evitar o cigarro e vacinar quem puder. Diante do problema, procurar ajuda médica.


Sobre Dr. Paulo Salustiano
Graduado pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Fez residência médica no Hospital Universitário Pedro Ernesto – HUPE/UERJ em Cirurgia Geral e Urologia, onde continua trabalhando e auxiliando na formação de novos urologistas.

É membro Titular da Sociedade Brasileira de Urologia (TiSBU), da American Association of Urology (AUA) e European Association of Urology (EAU).

Após o término de sua especialização, foi Fellow do Serviço de Urologia do Hospital Clinic de Barcelona – Espanha, onde aperfeiçoou seus conhecimentos e técnicas em Transplante Renal, Cirurgia Minimamente Invasiva e Uro-oncologia
Site: www.paulosalustiano.com.br

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Jornalista responsavel:
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