A Polícia Civil de Olímpia - enquanto muitos criticavam cobrando a autoria do Atentado - trabalhava duro e após grande esforço dos Policiais Civis de Olímpia, sob o comando do Delegado Dr. Marcelo, da uma resposta em tempo recorde para a sociedade. Veja no final o depoimento do autor e réu confesso, Claudio José Azevedo Assis, Bombeiro municipal.

Equipe do SIG da Polícia Civil de Olímpia, trabalho de um quebra-cabeças que pois fim a um grande mistério: Quem tentou incendiar o prédio da Folha da Região? O nome será revelado amanhã pelo delegado Dr. Marcelo Pupo de Paula, que além de um excelente delegado tem uma equipe de grandes profissionais. Parabéns!

Por volta das 9 horas da manhã desta quarta-feira (31) a Polícia Civil de Olímpia esclareceu o Atentado/Incêndio cometido contra as empresas do grupo Folha da Região e família do empresário e jornalista olimpiense Arantes.

De acordo com o BO PC 602/2021 registrado hoje na delegacia de Olímpia, as 9 horas, os policiais civis Fabio, chefe do SIG Olímpia e Fernandão, juntamente com a Sra. irmã do suspeito, Claudio José Azevedo Assis, Bombeiro Municipal, apresentaram a motocicleta Honda CG 125 Titan, cor azul, placas CQS-8954 e junto uma mochila de cor preta. 

DELEGADO DR. MARCELO PUPO DE PAULA FALA SOBRE A ELUCIDAÇÃO DO CRIME POR SUA EQUIPE

O CRIME CONTRA AS EMPRESAS DO GRUPO FOLHA DA REGIÃO
Consta que no dia 17 de março, por volta das 4h17 da madrugada, uma pessoa ainda não identificada, utilizando uma moto dirigiu-se até a sede do Jornal Folha da Região, de propriedade da Família Arantes, região central de Olímpia, e utilizando-se de um galão no interior da mochila, esparramou um líquido inflamável no chão e ateou em seguida ateou fogo no estabelecimento.

A moto usada no crime e apreendida na manhã de hoje pela Polícia Civil

POR POUCO O CRIME NÃO SE TRANSFORMA EM UMA TRAGÉDIA
O Jornalista Arantes, dono das empresas jornalísticas, morador do piso superior, acordou com o forte cheiro de fumaça e conseguiu debelar as chamas que por pouco não atingiram o prédio todo. E, caso isso ocorresse, vidas poderiam ser ceifadas naquele prédio tendo em vista que a familia do jornalista estava (e mora) no prédio.

O caso foi registrado na delegacia de polícia como possível Incêndio Criminoso no BO PC 062/2021 e passou a ser investigado pelas equipes do SIG.

TRABALHO DIFÍCIL DE "FFORMIGUINHA" E A MONTAGEM DE UM "QUEBRA-CABEÇAS"
De acordo com o BO PC registrado hoje, as investigações seguiram seu curso até que apontaram que o suspeito estava como um dos suspeitos do crime. 

Com um trabalho minucioso de "formiguinha" e muito bem elaborado, como sempre, sob o comando geral do Delegado Titular da Polícia Civil de Olímpia, Dr. Marcelo Pupo de Paula, os incansáveis investigadores, capitaneados pelo chefe do SIG, agente Fabio Balthazar, conseguiram o endereço do suspeito e foram até o local, Vila Ferreira, na manhã de hoje.

Lá a irmã do suspeito, franqueou a entrada dos policiais no local e durante busca domiciliar na casa, encontraram uma mochila semelhante a usada no crime, conforme imagens gravadas por um sistema de monitoramento vizinho ao local do crime. A mochila estava no interior do quarto do suspeito.

No local também foi encontrada a moto usada no crime. 

Como o suspeito não estava na casa no momento da "visita" dos policiais, a moto e a mochila foram apreendidas e levadas para a delegacia.

COLETIVA NESTA QUINTA-FEIRA A TARDE VAI REVELAR O AUTOR DO ATENTADO
Segundo informou o delegado titular da Polícia Civil de Olímpia, Dr. Marcelo Pupo de Paula, ele vai conceder uma coletiva de imprensa na tarde de amanhã, quinta (1º) onde vai esclarecer os fatos e divulgar o nome do suspeito pelo incêndio criminoso contra a empresa jornalística de Olímpia que aliás foi destaque no Brasil inteiro e até no exterior.

Segundo o BO PC a moto está em nome de outra pessoa, mas não significa que ela tenha envvolvimento já que a mesma estava em poder do suspeito.

EM TEMPO: Nós temos aqui o nome do suspeito e todos os detalhes, mas a pedido do delegado, não vamos divulgar por ora. O suspeito ainda será ouvido...

Por isso, a verdade mesmo e o nome do autor só será esclarecida amanhã na coletiva de imprensa...

DEPOIMENTO DO AUTOR NA DELEGACIA
Nesta quarta-feira (31),  acompanhado do advogado criminalista olimpiense Dr. Leo Bom, o autor Claudio José de Azevedo Assis, Bombeiro Municipal, se apresentou de forma espontanea na delegacia de Olímpia, onde foi ouvido pelo delegado titular da Polícia Civil, Dr. Marcelo Pupo de Paula e sua equipe de investigadores.

Segundo declarou o autor em depoimento à Polícia Civil ele disse que não sabia que no local (do incêndio) residiam pessoas pois se soubesse jamais teria feito aquilo. Que no dia pegou um pouco de gasolina velha que tinha em casa, tirou um pouco de sua moto que foi usada no crime, pegou fita isolante e cobriu a placa da sua moto para que não conseguissem sua identificação por meio da moto. Que colocou a gasolina no galão e amarrou na garupa. Que pegou sua moto de cor azul escura, placas CQS-8954 e foi em direção a região central. Que estava muito alterado no dia pois estava tendo vários problemas familiares pois sua ex-amásia ficava lhe cobrando, gritando e xingando, falando que ia acabar com ele, tendo até proibido ele de passar na sua rua, pois que se passasse, iria acabar com a vida dele. Que quando o telefone tocava, ficava muito nervoso pois poderia ser sua ex-amásia lhe telefonando com novas ameaças, gritarias e xingamentos. Que estava mentalmente transtornado com tudo isso, ex-amásia e notícias dos governantes sobre medidas de restrições. Que tinha acabado de se recuperar da Covid-19, pois teve alta no dia 09 de março (o crime foi no dia 17). Que após a alta hospitalar ainda ficou com algumas sequelas da doença. Que no dia chegou na porta do Jornal (Folha da Região), desceu da moto, jogou a gasolina em duas portas, pois não sabia qual seria a porta correta do Jornal e ateou fogo com fósforo. Que em seguida pegou sua moto, ainda deu algumas voltas na cidade e depois foi embora para sua casa. 

Questionado sobre os motivos que o levou a tal ato o autor disse que não sabia a motivação mas que não gostava das manifestações do editor do Jornal Folha da Região (Arantes).

Questionado se alguém sabia de tal fato ele disse que não! Disse que reconhece nas imagens que ele mesmo, com sua mochila e seu capacete, sua moto e que foi ele mesmo que ateou fogo na empresa. Reafirmou que ninguém sabia dos fatos, somente ele mesmo.

"CHEGUEI A PENSAR EM TIRAR A VIDA DE ALGUÉM (UM POLÍTICO)" DISSE O AUTOR
Que antes dos fatos pensou em tirar a própria vida ou a de alguém (um político), pois não estava aceitando as medidas dos governantes de restrição quanto ao Covid-19. 

Que após os fatos, cinco dias depois, no dia 23 de março, resolveu pegar o seu carro e partir para outro estado.

Que pegou um dinheiro guardado em casa e foi até a BR 153, parou em um posto, comprou uma mapa e saiu para outro estado, com destino a capital.

Que antes de iniciar a viagem parou entre as divisas de Olímpia e Severínia, um rio, onde acabou quebrando os seus três celulares e jogando-os no rio, tendo antes retirado apenas as baterias.

Que com pouco dinheiro foi para o local desejado mas quando passava por uma base da Polícia Rodoviária Federal, já naquela região, foi parado e ficou com medo de alguém ter descoberto o que tinha feito. Mas depois viu que era apenas uma abordagem de rotina já que até então ninguém sabia dos fatos anteriores.

Que seus familiares descobriram seu paredeiro pois eles tinham ido na delegacia. Que familiares entraram em contato com ele. Que seu irmão foi até o local buscá-lo pois não tinha condições de regressar. 

Que quando retornou sua saúde mental estava alterada, razão pela qual procurou ajuda com um profissional de saúde mental. 

Que está arrenpendido do que fez e que teria sido apenas para dar um susto. Que tem insônia e reafirmou que após a sua recuperação da Covid-19, sua situação se agravou ainda mais olhando as notícias ele ficava revoltado e que nem conseguia mais dormir, quando "brotou" a ideia na sua cabeça e ele foi lá e fez tudo aquilo.

Por fim disse que não conhecia o Jornalista Arantes pessoalmente, apenas pelo jornal. Que nunca teve qualquer desavença com ele. O autor acrescentou ainda que tal ato foi um ato de revolta contra a imprensa que não estava ajudando no combate à pandemia da Covid-19, finalizou.

Nota!
Muita gente nos cobrou o dia todo o nome do autor, mas por uma questão ética em respeito a um compromisso que assumimos com o delegado do caso e sua equipe, o de que não publicaríamos o nome do autor, pois o mesmo seria divulgado apenas nesta quinta-feira (1º) as 15 horas em coletiva com a imprensa. Apenas cumprimos, como sempre, o combinado. Fica a ressalva.

Complementando a notícia, o autor foi de fato o Bombeiro Municipal olimpiense Claudio José Azevedo Assis.

Como deve se recordar o leitor do OLIMPIA24HORAS, Claudio esteve desaparecido de Olímpia e foi localizado no Espírito Santo, mas ninguém poderia imaginar que a fuga dele tinha algo a ver com o atentado. A descoberta do autor do crime causou surpresa em todos, e também, muita indignação devido a profissão dele, Bombeiro em Olímpia há mais de 20 anos.