Olimpia 24 Horas

MAUS TRATOS E CRUELDADE! Agricultor é acusado de tentar matar Boi com Trator na estrada

Postado em: 21/09/2017

Na manhã desta quarta-feira (20), foi registrado na delegacia de polícia civil de Olímpia um boletim de ocorrência de Crueldade contra Animais, Ameaça, Dano e Lesão Corporal. Consta como palco onde ocorreu tudo isso o Sitio Formoso localizado no bairro rural Bela Vista, Olímpia.

O coitado do Boi com a perna quebrada antes de ser sacrificado

Segundo o BO da Polícia Civil registrado as 7h30 da manhã de quarta (20), aparecem como autores e vítimas ao mesmo tempo Marcos Roberto Ramos Martins, 43 anos, pecuarista e morador da Chácara Ramos, bairro rural Olhos D´água, Olímpia e Abilio Zambon Filho, 52 anos, agricultor e morador do Sitio São João, bairro rural Bela Vista, Olímpia.

Marcos declarou na delegacia que arrenda uma propriedade rural em frente a Fazenda do autor Abílio Zambon Filho. Lá Marcos disse que cria algumas cabeças de gado da raça cruzada com um único touro reprodutor, da raça Tabapuã. Na manhã de ontem, Marcos disse que por volta das 7 horas ele retirou o leite numa outra propriedade rural que também arrenda, e quando apareceu no local a testemunha Tiago Augusto Guolo para lhe avisar que Abilio havia tentado matar o seu Boi com o uso de um trator. A princípio Marcos disse não acreditar em tamanha crueldade e por isso dirigiu-se para o local indicado pela testemunha a fim de ver com seus próprios olhos para então poder acreditar. Foi quando na estrada municipal, próximo a propriedade ele se deparou com o Boi em sofrimento e agonizando deitado na areia, uma das pernas do animal estava quebrada. Marcos viu então que no barranco ao lado de onde o Boi estava caído havia várias marcas do parachoque do trator e rastros dos pneus, não tendo dúvidas que o Boi fora prensado contra o barranco. Segundo Marcos, ele (Abílio) fez a mesma coisa com as vacas mas elas por serem mais leves conseguiram subir no morro e se livrarem da agressão. Indignado Marcos veio até a cidade e chamou o médico veterinário Vitor Lopes Louzada para fazer uma avaliação do estado do animal. Após retornar ao local na companhia do veterinário e também das testemunhas, Laerte Gentil, Tiago Guolo e Paulo Sergio de Souza Martins, lá o veterinário após constatar a fratura no animal decidiu que o mesmo deveria ser sacrificado o mais rápido possível. De onde estavam Marcos viu o autor (segundo ele) cortando cana em sua propriedade rural, momento em que Marcos foi até o local questionar qual o motivo para ele (Abílio) ter feito tamanha crueldade contra o animal. Ao ser interpelado, o autor Abílio (continua o BO), que estava de posse de um facão, avançou contra Marcos e deu-lhe um golpe. Mesmo tendo se esquivado a lâmina do facão acabou atingindo e ferindo o nariz de Marcos, o dono do Boi.

Em seguida, continua o BO, Abílio subiu no trator a manobrou o mesmo em direção a Marcos e seus colegas (testemunhas). Depois, fugiu do local.

Na sequencia Marcos e seus colegas retornaram onde estava o Boi machucado onde ficaram aguardando a chegada da PM no local, acionada pela esposa de Marcos, a vítima. Com a chegada dos PMs no local, Marcos e as testemunhas narraram os fatos. Os policiais orientaram para que Marcos procurasse atendimento médico na UPA devido ao ferimento no nariz e depois de medicado retornasse a delegacia onde o caso seria registrado. Nisso, continua o BO, o autor Abílio chegou e tentou inverter os fatos e criando outra história, razão pela qual se desentenderam. Marcos negou ter ameaçado Abílio. Ao ser cientificado sobre a versão apresentada por Abílio aos policiais, Marcos afirmou que tudo não passava de fantasias inventadas por ele (Abílio) querendo se passar por vítima. Marcos afirmou que nem ele e nem seus colegas se aproximaram da casa de Abílio. E que se havia alguma porta ou porteira danificada, teria sido o próprio autor que fez isso para  incriminar o declarante. Marcos aproveitou para informar na delegacia que há muito tempo vem tendo problemas com o autor Abilio, o qual, incluisive, toda vez que vê o declarante (Marcos) na estrada joga a camionete dele para cima dele (Marcos).

Indignado com o fato ocorrido, Marcos afirmou que deseja representar contra Abílio Zambon Filho pela Lesão Corporal sofrida. Ao final de seu depoimento Marcos foi orientado quanto ao prazo decadencial de 6 meses para constituir advogado e oferecer Queixa-Crime em Juízo contra Abílio Zambom Filho e assim processá-lo por crime de Dano (contra o animal).

Marcas de que o animal foi prensado no barranco

A VERSÃO DA TESTEMUNHA TIAGO
Tiago Augusto Guolo afirmou em sua versão que mora numa propriedade que faz divisa com a fazenda do autor Abílio Zanbom Filho. Que por volta das 6h30 da manhã estava retirando o leite no curram quando ouviu barulho de manobras de trator, máquina indo e vindo de um lado para o outro, mas praticamente sem sair do lugar. Tiago estranhou e foi ver o que ocorria, momento em que ele viu Abílio tocando os Bois de Marcos com o trator, encurralando-os contra o barranco. As vacas, contou Tiago, conseguiram subir no barranco e foram embora para o lado da cidade. Já o Boi não teve a mesma sorte, provavelmente devido ao seu peso, por isso o animal acabou sendo empurrado propositalmente contra o barranco, sendo prensado pelo trator, afirmou Tiago, a testemunha. O Boi ficou caído no local enquanto o autor Abílio ia embora do local com o trator. Tiago decidiu então avisar o amigo Marcos e por isso foi até o sítio onde ele estava tirando leite. De lá Tiago disse que seguiu para o seu trabalho.

Marcas de pneus de trator na estrada

A VERSÃO DA TESTEMUNHA LAERTE GENTIL
Laerte contou que ao saber que Abilio havia feito aquilo com o Boi de Marcos, ele foi até a casa deste. Marcos então foi a procura do veterinário para que ele olhasse e avaliasse o animal. Com Marcos e Vitor eles seguiram na estrada até o local onde o Boi estava ferido. Lá Laerte viu quando o médico constatou a fratura na perna traseira do animal e que o mesmo deveria ser sacrificado. Laerte disse que Marcos ficou inconformado e foi conversar com Abílio, o autor, que cortava cana na propriedade dele. Laerte contou que Paulo e o médico veterinário foram juntos. Lá Marcos indagou Abílio sobre os motivos para tamanha crueldade, quando Abílio tentou negar. Ambos começaram a discutir e Abílio partiu para cima de Marcos com o facão na mão dando um golpe na vítima. machucando o nariz de Marcos. Depois, Abílio subiu no trator e fugiu do local. Laerte confirma que eles então retornaram ao local onde o Boi estava e ficaram a espera dos Políciais Militares. (Foto ao lado: Marcos Pezão com o nariz ferido a facãozada)

Que foram orientados pelos policiais para irem até a delegacia. Na delegacia Laerte soube que Abílio havia inventado outra história para incriminar Marcos e seus colegas. Larte afirmou que não é verdade a versão de Abílio e que eles nem sequer se aproximaram da casa dele (Abílio) e que por isso não poderiam ter danificado o imóvel dele.

A VERSÃO DE PAULO SERGIO DE SOUZA MARTINS
Paulo ratificou na íntegra a versão da vítima Marcos e das testemunhas Laerte e Tiago. Paulo acrescentou que quando Marcos foi até o lugar onde Abílio estava cortando cana para indagá-lo sobre a covardia que fez com o Boi, Abílio negou a princípio, mas durante o bate-boca, contou Paulo,  Abílio chegou a dizer: "Eu atropelei e atropelo de novo".

Por fim, Paulo afirmou que ninguém ameaçou ou danificou alguma coisa na casa de Abílio já que eles nem chegaram perto da casa dele.


A VERSÃO DE ABÍLIO ZAMBON FILHO, ACUSADO DE FERIR O BOI
Abílio disse em depoimento que tem uma propriedade rural e que o autor Marcos Roberto Ramos Martins, conhecido como Marcos Pezão, arrendou uma propriedade vizinha, onde cria alguns bovinos da raça Nelore, porém, não possui pastagem suficiente para alimentar o gado o que faz com que os animais invadam as outras áreas e também a estrada municipal em busca de comida. Que a cerca onde estão confinados não conservada e não passa por reparos necessários, afirmou Zambon. Que ontem a noite (terça-feira, 19), por volta das 19 horas ele retornava de sua fazenda quando se deparou com cinco vacas e um boi soltos na estrada. Abilio disse que desviou dos animais para poder passar. Nesta quarta-feira (20), por volta das 6 horas da manhã, ele ia para a fazenda com o trator e que a estrada estava coberta de poeira e farelo de palha do corte de canaviais vizinhos, com péssima visibilidade. Abílio disse que se deparou com um Boi deitado no meio da estrada e por pouco não passou por cima do mesmo. Disse que desviou e passou o trator, mas logo pensou que algum dos caminhões que colhem cana na região poderia passar em cima do animal, razal pela qual "tocou" ele até perto da cerca, observando que ele "estava" com uma das pernas traseiras quebradas. Que por volta das 9 horas da manhã ele cortava cana para tratar de seus bovinos quando viu três ou quatro rapazes chegando em duas camionetes. Que o autor Marcos  começou a xingá-lo de Filho da P....a" e acusando-o de ter atropelado o Boi e que por causa disso iria matá-lo. O declarante Abílio reagiu tentando convencê-los que era ele o autor, inclusive, dizendo-lhes que criavam gado sem ter pasto. Diante disso, partiram para cima dele para agredí-lo, versão desmentida por todos as testemunhas e pelo próprio Marcos. Ainda, que Marcos teria dito: Vá na camionete e pega o revólver". Quando um deles caminhou em direção ao veículo, Abílio disse que subiu no trator e acelerou o quanto pode. Os outros foram atrás dele batendo-lhe pedaços de cana, mas não lhe feriram. Eles então vieram no meu encalço, disse Abílio, mas não conseguiram passar com o veículo sobre a ponte, motivo pelo qual foram até a casa da seda da fazenda. De longe Abílio disse que viu eles quebrando  o portão. Por causa disso, temendo pela sua vida, Abílio procurou refúgio numa propriedade vizinha. Quando não os viu mais e que ligou na PM e pediu proteção, indo para a casa esperar os policiais. Lá ele disse que viu que além do portão, eles quebraram a porta de vidro, duas portas internas e duas portas do guarda-roupas e ainda a janela da cozinha. Abílio diz ainda que eles ainda jogaram coisas no chão e soltaram alguns passarinhos que havia comprado numa casa de ração. Que eles arrebentaram a cerca da frente e soltaram o seu gado que estava no piquete e também colocaram fogo na sua cana (pequeno trecho que usa para alimentar o gado).Que eles podem ter quebrado mais coisas mas que não viu e não percebeu se algo foi subtraído.

Por fim, Abílio reconhece que Tiago era um dos autores que acompanhava Marcos Pezão e que o outro era barbudo. Que Tiago novamente o ameaçou de morte na delegacia quando então soube que o Boi havia sido prensado contra o barranco. Negou que tenha agredido Marcos e que as lesões que ele apresenta certamente são decorrentes de auto-lesão enquanto quebrava seus bens. Que deseja também representar contra Marcos e Tiago pelas ameaças sofridas e dos outros dois rapazes.


A versão de Abílio foi contestada por Marcos e as testemunhas que disseram que Abílio inventou toda essa história para se passar por vítima. Para eles o que Abílio fez com o animal foi além de um ato de crueldade, de muita covardia. E com a versão fantasiosa de Abílio, segundo Marcos e seus colegas, eles ficaram indignados com a capacidade de Abílio tentar reverter o fatos. Como se ninguém conhecesse ele né? Disse um dos envolvidos no caso.

No BO da Polícia Civil consta que Marcos Pezão apresentou fotos do animal ferido e com a pata traseira quebrada antes de ser sacrificado. Fotos que você leitor do OLIMPIA24HORAS vê aqui nesta reportagem também. Indignado, Marcos disse que procurou até canais de televisão da região para registrarem o fato e a covardia feita por Abílio, segundo todos eles afirmaram.

O CASO SERÁ INVESTIGADO E CULPADO DEVE SER PUNIDO COM RIGOR!
O caso foi registrado na delegacia de polícia de Olímpia onde será agora investigado detalhe por detalhe. Será a palavra de Abílio (sozinho) contra a de Marcos Pezão e mais três testemunhas, todos eles contra a versão apresentada por Abílio, acusado de ter ferido o animal e provocar o sacrifício do Boi.

Além do prejuízo, claro, fica a mágoa pela forma como o coitado do Boi teve que morrer, sacrificado...Que a verdade seja apurada nos seus mínimos detalhes e o culpado seja punido com rigor. Inadmissível um animal ter que pagar pela ira do ser humano, se é que podemos chamar quem fez essa barbárie de SER HUMANO né? Tem mais essa!

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Jornalista responsavel:
Julio Cesar Faria
Juliao Pitbull - MTB 53113

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