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INSTITUTO BUTANTA inicia novo mapeamento da Covid-19 em Olímpia (SP)

Postado em: 23/11/2021

O laboratório itinerante atingiu o número de 15 mil amostras testadas_

Nesta terça-feira (23), o LAB MÓVEL do Instituto Butantan começa a operar em uma nova parada na cidade de Olímpia, interior do estado de São Paulo. O objetivo é mapear e sequenciar o vírus SARS-CoV-2, além de acelerar o processo de testagem dos casos suspeitos de Covid-19 e das variantes que circulam na cidade e adjacências. 

Além de Olímpia, mais nove municípios serão mapeados, sendo eles, Barretos, Bebedouro, Cajobi, Colina, Guaíra, Jaborandi, Monte Azul Paulista, Severínia e Taiúva. As amostras serão coletadas em suas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e encaminhadas ao laboratório itinerante.

Com as análises realizadas dentro do LAB MÓVEL é possível obter o resultado em até 24 horas (a partir do momento em que as amostras chegam ao container) e, em seguida, inicia-se o sequenciamento, que pode durar de três a seis dias, e até 12 dias para as variantes. Fora do container itinerário, todo esse processo pode durar de 10 a 12 dias.

"Nosso objetivo com o LAB MÓVEL é analisar as amostras com mais agilidade e assertividade para entender quais regiões do estado precisam de mais atenção”, afirma Sandra Coccuzzo, diretora do Centro de Desenvolvimento Científico do Butantan.

Os moradores das cidades que irão receber o LAB MÓVEL poderão acompanhar os trabalhos dos pesquisadores de perto. Isso porque a estrutura do veículo, de mais de 12 metros de comprimento e quase 3 metros de altura, conta com uma parte de vidro que permite a observação dos procedimentos realizados pelos cientistas.

“A iniciativa vai permitir que as pessoas vejam os equipamentos e cientistas do Instituto em ação, aproximando ainda mais a ciência da população brasileira”, afirmou Eduardo Araújo, CEO da Loccus, parceira do Butantan no projeto.

O veículo, equipado com alta tecnologia, possui três sequenciadores genéticos, extrator de DNA, centrífuga, seladora, geladeira e freezer para armazenamento de amostras, entre outros. O investimento total foi de R$ 3 milhões.

Esta será a sexta parada do laboratório itinerante, que começou a operar em Aparecida, região do Vale do Paraíba, e nas duas últimas semanas esteve em Marilia, interior de São Paulo, que em 13 dias testou 5046 amostras.

Projeto LAB MÓVEL

Os municípios que recebem o laboratório se responsabilizam por realizar as coletas de amostras em suas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e encaminhá-las ao laboratório itinerante. Lá, por sua vez, os especialistas realizam o diagnóstico e, então, separam as amostras positivas para iniciar o sequenciamento e identificar as variantes.

O sequenciamento é necessário porque os vírus sofrem mutações, ou seja, alterações em seus códigos genéticos, gerando variantes. Para realizar o mapeamento das variantes é necessário, em primeiro lugar, extrair o RNA da amostra coletada. Em um segundo momento, essas moléculas passam por um processo de conversão para DNA que, posteriormente, é multiplicado em diversas cópias que são inseridas no sequenciador. Um computador libera os resultados e a análise é realizada por especialistas, conhecidos como bioinformatas.

Atualmente, o Instituto Butantan coordena a Rede de Alertas das Variantes do SARS-CoV-2 e recebe dados dos demais parceiros da rede: Hemocentro de Ribeirão Preto/FMRP-USP, FZEA-USP/Pirassununga, Centro de Genômica Funcional ESALQ-USP/Piracicaba, Faculdade de Ciências Agrônomas UNESP/Botucatu, FAMERP São José do Rio Preto e Mendelics.

O projeto LAB MÓVEL envolve cerca de 20 funcionários do Butantan e já soma mais de 535 horas trabalhadas, além de mais de 15 mil amostras testadas no período.

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Jornalista responsavel:
Julio Cesar Faria
Juliao Pitbull - MTB 53113

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