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GUARACI - Prefeito Azeda mobiliza prefeitos, deputados e ONS. Nível das águas está crítico

Postado em: 08/06/2021

O nível das águas de Marimbondo estão críticas, ameaça a economia, o turismo e a vida comum de Guaraci e várias cidades da microrregião...

(Renato Azeda, prefeito de Guaraci que luta para que a situação volte ao normal e não prejudique a região) As usinas hidrelétricas da região devem chegar ao volume de água mais baixo da história neste mês de junho, segundo nota técnica do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). (Com Diário da Região, Diário de Olímpia e Agencia Estado)

Atualmente, os reservatórios da hidrelétrica de Marimbondo, entre Icém e Fronteira (MG), e de Água Vermelha, entre Ouroeste e Iturama (MG), operam com os menores níveis do País: 8,93% e 7,42%, respectivamente.

O prefeito de Guaraci, Renato Azeda (foto), já esteve em Brasília solicitando apoio parlamentar para resolver o assunto, mesmo com soluções paliativas devido à falta de chuvas (veja box abaixo).


GUARACI SOFRE COM MARIMBONDO
O ONS prevê que, entre junho e julho, os reservatórios de Água Vermelha e Marimbondo (Foto) possam operar com apenas 2% da capacidade. A entidade também considera que o País esteja passando pela pior crise hidrológica desde 1930 e que nos últimos sete anos os reservatórios das hidrelétricas receberam um volume de água inferior à média histórica.

Dados da Unesp de Ilha Solteira mostram que, até maio, choveu 44% a menos do que o esperado na região. “A gente vem de três anos com menos chuva do que o esperado, isso fez com que os reservatórios das usinas não se recompusessem. Na região, temos uma situação de ausência de chuva frontal, que é aquela que enche lago. Para ter uma ideia, nós não temos perspectiva de chuva abundante para os próximos dois meses. Além disso, no ano passado, tivemos algumas cidades da região que ficaram 180 dias sem chuva”, explicou o professor da Unesp Fernando Tangerino.

Quadro cada dia mais triste da região do Riviera em Guaraci...

Falta de chuva que também prejudica piscicultores e já acende o sinal de alerta para o racionamento de água em cidades da região. “Além da baixa no nível do reservatórios das hidrelétricas, localmente, se não tivermos a recomposição dos mananciais de água, podemos também ter a morte de muitos córregos e represas que são usadas para irrigação”, apontou Fernando.

Prefeito de Guaraci Renato Azeda com Arnaldo Jardim e ONS


COMERCIANTES, MORADORES E DONOS DE CASAS DE VERANEIO NOS CONDOMÍNIOS RIVIERA, TOSCANA, DI CAPRI E PEDREGAL LAMENTAM A SITUAÇÃO
Com o baixo nível do reservatório de Marimbondo uma das regiões que mais sofre é a região de Guaraci que tem como fonte de renda, além do grande potencial em Cana de Açúcar, inclusive contando com uma Usina, maior empregadora da cidade, vive também do Turismo, especialmente o comércio local. Diante desse triste quadro, todos lamentam juntos a situação e torcem para que o prefeito Renato Azeda - justiça seja feita, não mede esforços para estancar o problemaresolva essa situação e brinde a todos com a exuberante paisagem e abundante fauna que a natureza, através de desígnios de Deus, deu de presente ao Homem.

Um dos moradores do Condomínio Riviera di Toscana, saudosista e amante da natureza, fez uma montagem fotográfica mostrando o antes e o depois. Olhando a imagem abaixo da até vontade de chorar.


RENATO AZEDA, INTERVENÇÃO
No último sábado (5), o prefeito Renato Azeda, de Guaraci, acompanhado do Diretor Municipal de Turismo Cedmar Bernardes e pelo vice-prefeito Rafael Aguiar, participou de uma reunião por videoconferência com os prefeitos de Frutal, Planura, Icém, e também com o deputado estadual Itamar Borges e com o deputado federal Arnaldo Jardim, para tratar desse assunto.

Dias antes, conforme anunciado pelo Diário, o prefeito de Guaraci postou em suas redes sociais o resultado do encontro com Arnaldo Jardim, em Brasília, sendo que o parlamentar prometeu resolver o problema, pelo menos parcialmente enquanto as chuvas não retornam à região.


Racionamento de energia
Para o vice-presidente da Academia Nacional de Engenharia, Flávio Miguez de Mello, é cedo para falar de racionamento de energia elétrica no País. “É muito cedo para dizer que vai haver desabastecimento de energia elétrica. O que pode acontecer é que se houver uma estação chuvosa, de novembro a abril, similar à que tivemos no ano passado, com poucas chuvas, em 2022 podemos, sim, enfrentar uma crise energética”.

No Brasil, o sistema de energia elétrica é interligado, ou seja, mesmo com os reservatórios das hidrelétricos da região em níveis críticos, outras usinas continuam em operação no País, garantindo a eletricidade na casa dos brasileiros. “A energia que estamos consumindo na região, necessariamente, pode não estar vindo de Ilha Solteira ou Marimbondo, pode estar vindo de qualquer lugar. O problema é que, com essa baixa nos reservatórios das hidrelétricas, as usinas termelétricas são acionadas, encarecendo a conta de energia, falou Fernando.

Atualmente, 60% da geração de energia elétrica no Brasil é proveniente de usinas hidrelétricas. O restante da energia vem de usinas termelétricas (25%), eólicas (12%), nuclear (3%) e solar (1%).

Por meio de nota, a Agência Nacional de Águas (ANA) disse que adotará medidas “caso a caso” para mitigar a situação nas bacias que integram a Região Hidrográfica do Paraná – caso das usinas da região. “Para o caso da bacia do rio Grande, regras temporárias em função da situação atual estão em análise”, informou, sem detalhar quais medidas.

Já o ONS informou que entre as medidas adotadas estão a flexibilização das restrições hidráulicas dos aproveitamentos localizados nas bacias dos rios São Francisco e Paraná e aumento da geração térmica e da garantia do suprimento de combustível para essas usinas. A entidade também garantiu a importação de energia da Argentina e do Uruguai, além de campanha de uso consciente da água e da energia. “Todos os esforços estão sendo envidados, com transparência e informação à população, para que o país atravesse a crise hídrica sem problemas no fornecimento de energia”, finalizou a nota.

Para Flávio, é necessário repensar as restrições existentes para as hidrelétricas brasileiras, como forma de enfrentar a crise do setor. “O sistema hidrelétrico sofre uma série de restrições de operações que foram instituídas para uma época de hidrologia normal, estamos em uma época de hidrologia muito ruim. Consequentemente, essas regras de operação têm que ser mudadas”.


Uso racional de energia

A Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) deve realizar este ano uma campanha para o uso racional de energia, a exemplo do que já ocorreu em crises energéticas anteriores. As conversas já começaram com o Ministério de Minas e Energia (MME) e Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), e a decisão será tomada nos próximos dias.

A ideia é tentar reduzir o consumo no segundo semestre do ano, quando a crise irá se aprofundar. “Nesse momento estamos conversando com MME e Aneel sobre as formas que nós podemos atuar, uma forma mais educativa, é o que estamos discutindo”, disse o presidente da entidade, Marcos Madureira.

Ele observou que, até o momento, o governo tem cuidado da crise hídrica do ponto de vista da oferta, mas a questão da demanda também está na agenda, como o deslocamento do consumo de grandes consumidores do horário de pico, quando o insumo é mais caro. Para atingir os pequenos consumidores, além da bandeira tarifária, é possível que seja feita uma campanha aos moldes de 2017, quando Ivete Sangalo foi estrela. (Agência Estado)


Como funciona a geração de energia elétrica no Brasil

  • O sistema é interligado, ou seja, todas as hidrelétricas contribuem para o abastecimento de todo o País
  • A geração de energia elétrica no Brasil é majoritariamente por meio de usinas hidrelétricas – cerca de 60%
  • O restante da energia vem de usinas termelétricas (25%), eólicas (12%), nuclear (3%) e solar (1%).
  • As termelétricas podem ser movidas a combustíveis fósseis, carvão mineral, gás natural, nuclear ou biomassa
  • Quanto maior o uso das termelétricas, maior é o valor para a produção de energia, o que reflete no bolso do consumidor
  • Uma forma de repassar o valor maior para a produção de energia é pelas bandeiras tarifárias

As bandeiras

Bandeira verde: condições favoráveis de geração de energia. A tarifa não sofre nenhum acréscimo

Bandeira amarela: condições de geração menos favoráveis. A tarifa sofre acréscimo de R$ 1,343 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos

Bandeira vermelha – Patamar 1: condições mais custosas de geração. A tarifa sofre acréscimo de R$ 4,169 para cada 100 quilowatts-hora kWh consumidos.

Bandeira vermelha – Patamar 2: condições ainda mais custosas de geração. A tarifa sofre acréscimo de R$ 6,243 para cada 100 quilowatts-hora kWh consumidos.


Nossas usinas

Usina de Marimbondo

  • Nível atual do reservatório: 8,93%
  • Previsão da ONS para 25 de junho: 2% – menor nível de toda a história da usina

Usina de Água Vermelha

  • Nível atual do reservatório: 8,93%
  • Previsão da ONS para 25 de junho: 2%

Usina de Ilha Solteira

  • Nível atual do reservatório: 47,43%

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Jornalista responsavel:
Julio Cesar Faria
Juliao Pitbull - MTB 53113

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