Por volta das 11h30 de segunda-feira, 09, os policiais civis João e Amin foram acionados até o Super Mercado Pompeo, empresa localizada no bairro Jardim Paulista, para atenderem um caso de Furto ocorrido no interior da loja.

Lá, em contato com o empresário Flavio Pompeo, eles ouviram a versão dele e conduziram as duas acusadas, K.D.S. e V.P.S. para a delegacia de polícia civil de Olímpia onde elas foram interrogadas e autuadas em flagrante.

Segundo o BOPC, Pompeo declarou que teria surpreendido as duas funcionárias de sua empresa subtraindo 02 kits de tapoeres, 02 caixinhas de creme de leite e 01 caixinha de gelatina, mercadorias surpreendidas na posse de K.D.S.

Segundo Pompeo, elas vinham subtraindo as mercadorias quando passavam no caixa sem registrá-la, no meio de outras mercadorias que eram registradas, fato que teria sido registrado pelas câmeras de segurança da empresa.

O FLAGRA!
Nesta segunda (08) uma funcionária encarregada dos caixas alertou o patrão, dono da empresa, quando as duas terminaram de passar as mercadorias, e detalhou a ele que K. passou mercadorias no caixa de V. mas sem registrar algumas.

Antes de tomar uma atitude o empresário primeiro analisou as imagens gravadas no sistema de monitoramento. Foi quando observou que V. de fato não registrou no caixa dela, 02 cremes de leite, 01 gelatina e 02 kits de tapoeres, mercadorias que foram passadas por K. mas não registradas por V. Em seguida, Pompeo viu quando K. levou as mercadorias para o carro que ela usava, veículo estacionado na via pública, perto do mercado.

Sentindo-se traído pela conduta das funcionárias ele imediatamente decidiu acionar a Polícia Civil para o local dos fatos. Com a chegada dos policiais, as mercadorias já haviam sido comparadas com o cupom fiscal. O caixa então foi fechado e conferido o valor da gaveta na frente da encarregada dos caixas, quando então se configurou o crime de Furto

Diante dos fatos e provas as duas receberam voz de prisão e foram levadas para delegacia de Olímpia.

ENTRA EM CENA O ADVOGADO LEO BOM
Acionado por familiares o advogado olimpiense Leo Bom voou para a delegacia para defender as duas acusadas, e claro, tentar evitar a prisão delas em flagrante. Sem chances, por não ser crime afiançável, elas poderiam (e deveriam) serem autuadas em flagrante. E foi o que houve na delegacia mesmo na presença do advogado Leo Bom.

AS VERSÕES RESUMIDAS DAS FUNCIONÁRIAS
Em sua versão V. alegou que o caixa dela estava com falhas desde cedo. Que ela sempre passa as mercadorias pelo leitor de código de barras mas não confere se passou ou não. Que 99% dos operadores agem assim sem conferir item por item. Que a colega estava sem dinheiro e o cartão bloqueado e pediu pra deixar a nota do lado que ela pagaria mais tarde. Que não deixou de registrar alguns produtos de forma intencional e finalizou dizendo que nunca foi presa ou processada por qualquer tipo de crime.  

Já a sua colega, K. alegou que teria sido demitida e readimitida pela empresa por estar grávida na época. Que é de conhecimento de todos na empresa que pode passar mercadorias e pagar em outro horário desde que no mesmo dia. Que ela pediu para deixar a notinha do lado que pagaria mais tarde com o cartão de seu marido. Que não sabia de problemas no caixa da colega V. Que deixou as compras no caixa dela e quando retornou ela já havia passado tudo. Que pegou as sacolas e as guardou no carro. Que V. saiu para almoçar e ela (K) ficou trabalhando. Que quando a colega V. retornou os policiais chegaram e prenderam-nas acusadas pelo patrão de terem subtraído algumas mercadorias. Que não conferiu a notinha pois a mesma ficou no caixa para ela acertar mais tarde. Que se as mercadorias citadas como subtraídas não foram registradas é por falta de cadastro no sistema ou que pode ter ocorrido alguma falha no sistema, conforme afirmou a colega V., responsável pelo caixa. Que só soube dos problemas no caixa da colega quando estava na delegacia. E finaliza dizendo que no passado teria sido acusada de ter registrado um crédito de R$ 500 reais de um cliente usando a senha de outra funcionária, mas que depois ficou provado que tudo não passou de um engano.

Na delegacia, o delegado titular e no expediente naquele momento, Marcelo Pupo de Paula, após se inteirar dos fatos, ratificou as prisões em flagrante das duas, exatamente por ser um tipo de crime inafiançável, crime de Furto, Artigo 155 do Código Penal Brasileiro.

Presas, as duas funcionárias aguardaram a audiência de custódia nesta terça-feira, 09. Na delegacia Leo Bom garantia aos familiares que a duas seriam libertadas nesta terça-feira, 09. E foi o que aconteceu também.

ADVOGADO CONSEGUE LIBERTAR AS DUAS NA AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA
Na audiência de custódia realizada na tarde de hoje, conforme prometera, Leo Bom bateu em cima da tese da primariedade, ou seja, era a primeira vez delas no crime. Também foi usada a tese de que o sistema da empresa estava falhando constantemente, conforme o depoimento de V. fato desmentido pelo patrão. E Leo Bom  conseguiu, mediante cautelares, a liberdade de K. e V., que após a audiência foram libertadas nesta terça, 09.

RESPONDERÃO O PROCESSO EM LIBERDADE
Mas claro, por causa de 1 minuto de bobeira, as duas vão responder o processo em liberdade e poderão ser condenadas pela Justiça. Além disso ainda podem ser mandadas embora da empresa por Justa Causa, mas isso depende da decisão do empresário (patrão) agora.

O valor do Furto? Pasmem, R$ 19 reais! É mole?

EMPRESÁRIO DIZ TER SIDO AMEAÇADO MAIS TARDE
Segundo outro BO PM registrado mais tarde, o pai de uma das funcionárias presas em flagrante, K., teria ido até o Supermercado Pompeo, onde armado com uma faca e um canivete teria ameaçado o empresário Pompeo. O empresário, ao ver o acusado com a faca e um canivete, resolveu chamar a PM que rapidamente compareceu no local. Mas com a chegada da PM, o acusado já estava do lado de fora e apenas com um canivete e sem a tal faca. As partes foram conduzidas até a delegacia de polícia onde o novo caso foi registrado como Ameaça. Ambos foram ouvidos e liberados pela autoridade policial.