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ECONOMIA - Crise da Covid-19 começa a afetar até os e-commerces no Brasil

Postado em: 01/08/2020

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Os efeitos da crise econômica generalizada provocada pela pandemia do novo coronavírus finalmente atingiram os e-commerces brasileiros. O comércio eletrônico, que vinha em grande ascensão a partir da adoção das medidas de isolamento social em todo o país, sofreu na terceira semana de maio sua primeira queda desde então. O levantamento foi realizado pela Ebit, especialista em comércio virtual, em parceria com a Nielsen, empresa de dados mercadológicos.

O grande responsável pelo aumento nas compras online até então eram os bens de consumo rápido, como compras de supermercados e pedidos em restaurantes. O sistema de delivery vem sendo utilizado como forma de driblar as dificuldades, principalmente pelos pequenos comerciantes, um dos maiores motivos desse aumento. A queda nesse setor na semana da retração foi pequena, 0.7%, mas já indica que a crise econômica começou a afetar até as transações realizadas através da internet.

Com exceção do segmento de telefonia e celulares, todos os demais setores de produtos sofreram quedas nas vendas online durante o período, em comparação à semana anterior. Os mais afetados foram os eletrodomésticos, com diminuição de 10.7%, os produtos de informática, que venderam 8.8% a menos, e o setor de moda e acessórios, que sofreu queda de 7,1%.

O comércio eletrônico é visto por grande parte das empresas como uma esperança de salvação em meio à crise. E ele realmente amenizou os prejuízos: as empresas com maior presença nas vendas online sofreram uma menor diminuição nos lucros e aquelas que funcionavam exclusivamente pela internet, em alguns setores, apresentaram até aumentos significativos nos ganhos.

Em geral, o faturamento do comércio eletrônico cresceu muito durante o isolamento social, pelo fato de as pessoas estarem evitando ao máximo saírem de casa para realizar compras. Comparando o mês de abril de 2020 com o de 2019, o e-commerce brasileiro cresceu 98.74%, ou seja, quase dobrou. No sudeste, o aumento no número de compras pela internet foi de mais de 104%, analisando com o mesmo período do ano anterior.

Victor Oliveira, analista de finanças do REVIEWBOX, constata que ainda é cedo para afirmar que o comércio eletrônico passará por um período de queda a partir de agora, mas que isso é muito provável. Segundo ele, no começo do isolamento, muitas pessoas compraram produtos se preparando para passar mais tempo em casa, como eletrodomésticos, eletrônicos e itens de informática, ajudando a aumentar o faturamento do setor – o que explica a queda nas vendas desses tipos de produto.

Agora, porém, com a crise financeira chegando forte para todos, a tendência é que isso se reflita também nas compras online.

Oliveira também ressalta que, mesmo com a possível queda, os empresários devem continuar vendo o comércio eletrônico como uma esperança, já que esse segmento deve se consolidar no cotidiano do brasileiro após a pandemia.

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Jornalista responsavel:
Julio Cesar Faria
Juliao Pitbull - MTB 53113

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