Fabiana Couto lida com a doença de forma inteligente: especializou-se no assunto e hoje ajuda centenas de pessoas com o Projeto “Divabética” que promove empoderamento e autoestima em mulheres com diabetes

(BRZ Content) - É muitas vezes no início da adolescência que muitos de nós começamos a pensar no que gostaríamos de “ser quando crescer”. É aí que nossos pensamentos começam a alçar voos e as ambições se formam. Mas e se, logo nessa fase da vida, você fosse diagnosticado com diabetes? Esta é a história de Fabiana Couto, paulistana que descobriu ter a doença aos 13 anos de idade.

O diabetes carrega o estigma de uma doença que afeta pessoas mais velhas e com sobrepeso, mas esse não era o caso dela. Fabiana inicialmente não entendeu – tampouco aceitou - o que estava acontecendo.  

Enquanto suas amigas saíam para tomar sorvete ou se divertiam em festinhas de aniversário cheias de guloseimas, ela precisava monitorar constantemente seu nível de glicose em um aparelhinho e aplicar dolorosas injeções de insulina todos os dias, algo que ela tinha dificuldades em fazer, principalmente em público, por não querer se sentir diferente; e assim passou uma longa fase de sua vida sem aceitar a condição nem se cuidar como se fazia necessário.

Com o tempo e as dificuldades relacionadas à saúde, ela percebeu que não adiantava lutar contra o diabetes e, sim, lutar a favor de sua própria vida.

Com o desejo de vencer, Fabiana encontrou forças para superar essa doença e transformar o problema em oportunidade: ela decidiu mudar a realidade de muitas mulheres que convivem com o diabetes.

“A palavra certa, na hora certa, pode transformar uma vida. Acreditando nisso, já percebo que consigo ser um instrumento de transformação, devolver a autoestima das pessoas e promover consciência sobre a saúde do nosso corpo e mente em minhas palestras pelo Brasil”, afirma Fabiana, 38 anos.

Assim, ela carrega orgulhosa o título de fundadora do Divábetica, um movimento que tem por objetivo elevar a autoestima de mulheres diabéticas, ensinando-as a conviver bem com a doença. “O Divabética nasceu para tratar desse assunto com leveza. Eu quero que as mulheres entendam que essa doença não as define, ou seja, elas não são o diabetes, porém ele é uma parte importante da vida de cada uma delas que não pode ser ignorada”, explica Fabiana.

Formada em Publicidade e Propaganda, a paulistana foi buscar uma especialização em Psicologia e Coaching nos Estados Unidos, pela Universidade Golden Gate, atualmente está se formando Psicanalista, atuando como palestrante, coach e influenciadora digital na área de saúde e qualidade de vida.

“Tanto na página e blog do Divabética quanto nas minhas palestras falo muito da saúde mental do paciente diabético, algo que ainda é comumente deixado de lado, porém ao levar esses temas para as pessoas percebi um engajamento e aceitação muito grande, o que demonstra que é algo que realmente precisam para viverem melhor. Com o crescimento do engajamento do público, resolvi oficializar e reunir tudo isso em um movimento e fico muito feliz de vê-lo crescendo e alcançando cada vez mais pessoas”, conta Fabiana.

Fabiana conta também sua história no livro “Mulher”, lançando em maio de 2018, ao lado de nove mulher de histórias vencedoras (Ver foto deste relelase).

A mensagem que quer transmitir

Toda a trajetória de Fabiana serve de lição para nós. Em suas palestras, ela se dedica a propagar a ideia de que precisamos urgentemente cuidar de nossos corpos e também de nosso equilíbrio emocional. É esse o foco da comunidade Divabética.

Seguindo esse norte, a palestrante tem grandes perspectivas para o movimento Divabéticas. “Quero alcançar patrocinadores para disseminar cada vez mais o projeto e assim poder devolver alegria, esperança e autoestima a tantas pessoas que sofrem com essa doença, de crianças a mulheres adultas”, conta Fabiana.

O projeto Divabética já ganha ares internacionais “Nós participaremos de um evento que terá a participação da Victoria Secrets em julho deste ano na cidade de Boston”, revela Fabiana.

A paulistana segue sua missão, confiante de que está no caminho certo. Feliz consigo mesma por ter entendido o seu corpo, ela brinca que costuma chamar o diabetes de “bússola”, pois quando ela se descuida da saúde a doença logo dá sinais, lembrando-a que os cuidados devem ser constantes. “Sou totalmente pró-vida, quero levar essa mensagem de conscientização para que não comecemos a pensar na nossa saúde apenas quando a perdermos”, alerta Fabiana.