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CURIOSIDADES DO BRASIL! NOVA OLÍMPIA, Mato Grosso, cidade fundada por ex-Olimpienses (VÍDEO)

Postado em: 30/05/2020

Os primeiros povoadores da localidade, Olimpienses, acompanharam o curso histórico de Barra do Bugres, uma penetração espontânea de aventureiros...

No começo da década de setenta, Belizário de Almeida, paulista de Barretos, conhecido por Bili, agrimensor prático, partiu de Assari, hoje entroncamento para Arenápolis-Tangará da Serra, com 12 índios da tribo dos umutina, abrindo picada até o córrego do Grilo, sugestivo nome em face das terras griladas na região. Assim começou o lugar. Tudo na enxada, antes da revolução moderna do cerrado.

Foram chegando ao lugar os migrantes, a maior parte procedentes de Olímpia, Estado de São Paulo. Devido a este fato, o núcleo passou a denominar-se Olímpia. A Lei Estadual nº 2.153, de 15 de maio de 1960, criou o Distrito de Paz de Olímpia.

O município foi criado através da Lei Estadual nº 4.996, de 13 de maio de 1986, com a denominação de Nova Olímpia. O termo "Nova" foi acrescentado para distinguir o município mato-grossense do município paulista de Olímpia.

Nova Olímpia completou no dia 13 de maio seu 34º Aniversário de Emancipação Política Administrativa. O município foi criado através da Lei Estadual nº 4.996, de 13 de maio de 1986, com a denominação de Nova Olímpia. O termo "Nova" foi acrescentado para distinguir o município mato-grossense do município paulista de Olímpia, de onde vieram os primeiros desbravadores dessa terra.

Entretanto, sua fundação ocorreu em 19 de março de 1954, pelo colonizador Belizário de Almeida, popularmente chamado “Bili”. Nascido em Barretos-SP, em 24 de fevereiro de 1903, veio, portanto para essa região com 51 anos de idade com sua mulher e filhos.

Tio Bili comprou grande extensão de terras na gleba Encanto, que denominou Nova Olímpia, por ter vindo de Olímpia-SP e de onde muitas famílias daquela localidade o acompanharam e compraram propriedades aqui.

Segundo relatos, no início da Colonização era muito difícil a vida, principalmente em razão das dificuldades de acesso. Do povoado de Assari para Nova Olímpia não havia estrada, apenas um ‘picadão’ dentre as matas. Contam que pessoas se aventuravam a vir para cá ajudadas por indígenas.

Além das dificuldades de acesso, as famílias pioneiras sofreram com os mosquitos, as chuvas torrenciais, as doenças e a falta de assistência médica. Se uma pessoa ficasse doente tinha de ser levada para Cuiabá em caminhão ou jipe, demorava-se até uma semana para chegar na capital do Estado. Os tratamentos de saúde eram feitos por remédios caseiros, benzimentos e promessas.

Por volta de 1961, se instalou na Vila o Sr. José Castanhola, uma pessoa simples, mas que entendia muito de doenças e remédios farmacêuticos, montou uma farmácia e tratava a todos como médico. Sabe-se pelos antigos que muitas vidas foram salvas pelas suas mãos, nessa época mudaram de São Paulo para cá muitas famílias com as de Ângelo Masson, Antonio Teodoro Correa, Pedro Quita, Clemente de Souza, Jesus dos Santos, e muitos outros.

Em meados de 1963 iniciou-se um movimento para elevação de Nova Olímpia a Distrito. Em 15 de maio de 1964, de acordo com a Lei 2.153, Nova Olímpia, elevou-se a Distrito de Barra do Bugres, recebendo o nome de Paz de Olímpia. Sua sede localizada às margens da Rodovia MT-358, equidistante 40 km de Barra do Bugres. A economia na época baseava-se na extração da poaia (planta utilizada na medicina popular desde o século XVII, mas já era muito popular entre os índios tupis e jesuítas para alívio de tosses) pecuária de corte, arroz, milho.

Em 1970 Nova Olímpia já possuía um bom número de casas comerciais, serrarias, máquina de beneficiar arroz, farmácias, bares etc. Houve também uma maior expansão das áreas agrícolas e melhorou substancialmente as rodovias valorizando as propriedades rurais.

Em 1980, o Grupo Itamarati iniciou os trabalhos para instalação da Destilaria Itamarati no município. Em 1982, iniciaram as obras de montagem das Usinas Itamarati e o comércio sentiu melhora com a chegada de empresas que vieram para montagem da Usina, a população começou a acreditar que o progresso do Município estava ali começando.

Em 1982, com o Programa Polonoroeste, do Banco Mundial, várias construções foram feitas na cidade, como o escritório da Emater-MT, Centro Comunitário, Posto de Saúde, Posto Telefônico, Posto de Correios.

Em 1983, a Comunidade se reuniu e construiu um Hospital no Município, mais tarde esse Hospital seria doado a um médico que instalasse sua residência por aqui, foi o que aconteceu. O médico Dr. Francisco Soares de Medeiros instalou a sua residência no Município e o Hospital foi doado a ele para que atendesse a população.

Em 1986, houve a Emancipação política administrativa de Nova Olímpia, no dia 13 de maio, pela Lei nº 4.996. Houve eleição para prefeito em um mandato de 2 anos. A população elegeu como primeiro Prefeito de Nova Olímpia, João Gregório da Silva e vice Devanil Maria Luiz para a gestão 1986-1988.

O segundo prefeito eleito foi Derivan Monteiro tendo como vice Jair do Nascimento para a gestão 1989-1992.

Em 1992 houve a terceira eleição no Município sendo novamente eleito, João Gregório da Silva para prefeito e Heleno Bibiano para vice, na gestão 1993-1996.

A quarta eleição no Município aconteceu em 1996, sendo eleito José Elpídio de Morais Cavalcante para prefeito e o Derivan Monteiro para vice para a gestão 1997-2000.

Francisco Soares de Medeiros e seu vice João Gregório da Silva foram eleitos em 2000 e comandaram o município no período de 2001 a 2004.

O sexto prefeito de Nova Olímpia foi novamente José Elpídio de Morais Cavalcante, tendo como vice Luiz Carlos Fanaia de Almeida. Empossados em 2005, administraram o município na gestão 2005-2008. Registra-se que no período de 16 de setembro a 06 de outubro de 2008, assumiu a prefeitura, o presidente da Câmara, Eduardo Oliveira Almeida, em razão do afastamento de José Elpídio que concorria a reeleição.

Para a gestão 2009-2012, foram eleitos Francisco Soares de Medeiro e o vice Luiz Roberto Gonçalves (in memorian). Registra-se que no período de 01 de janeiro a 20 de maio e de 30 de setembro a 13 de outubro, o presidente da Câmara, Ari Cândido Batista, interinamente, comandou os destinos no município.

Depois, respondeu pela administração municipal, o prefeito Cristovão Masson, tendo como vice Milton Lopes Guimarães. Eles foram eleitos em 2012 e administram Nova Olímpia na gestão 2013-2016.

E por último, nas eleições de 2017 venceram o pleito o prefeito José Elpídeo de Moraes Cavalcante e vice Rimer de Olíveira.


CURIOSIDADES

O escritor nova-olimpiense Valdino Carlos Rodrigues, publicou no site da Câmara de Vereadores algumas curiosidades a respeito do município. Os trechos a seguir foram extraído do livro CÂMARA MUNICIPAL DE NOVA OLÍMPIA.


AS COMUNIDADES

Depois de "Tio Bilí" outras famílias mudaram-se para o promissor município e aí foram sendo criadas as comunidades em volta da sede do Município, como comunidade do Córrego do Grilo, Abóbora, Macuco, Pé da Serra, Prega Fogo, Três Ranchos, Paulista, João Carlos, São Vicente, Vale do Sepotuba, Maravilha, Corredeira, Ouro Fino, Platina, Mirassol, Mata Bela, Vitória, Alerta, Buriti, Santa Cecília, Feliz Terra, Encanto, Monte Alegre, São Joaquim, São Gonçalo, Sereno, Riozinho ou Córrego Grande e Jatobá.


PIONEIROS

Os primeiro migrantes registrados na história são Vicente Vieira Sobrinho, José Rita Theodoro, Jesus dos Santos (Zuza), Anselmo Eduardo Passarelo, João Lira, Hortêncio Borges, Joaquim Aderaldo, Lamartin José da Silva, Manoel Oliveira de Almeida, José Pimenta, Os Teixeiras, José Marques.


PRIMEIROS NASCIDOS NO MUNICÍPIO

Arlindo José Correia e Maria Guimarães Borges.


PRIMEIROS POLÍTICOS QUANDO NOVA OLÍMPIA AINDA ERA DISTRITO

Belizário de Almeida, foi Vereador e Presidente da Câmara de Barra do Bugres, Wilson de Almeida, filho de Belizário de Almeida, foi Prefeito de Barra do Bugres e quem construiu a primeira escola no município, a “Escola Reunidas”, atualmente Escola "Wilson de Almeida" e ainda tiveram os vereadores por Ângelo Masson, Clemente Gomes Cardoso (duas legislaturas e num deles Presidente da Câmara Municipal de Barra do Bugres), Derivan Monteiro, Jesus dos Santos e José Masson (Um dos principais articuladores da primeira tentativa de criação do município em 1979).


COMISSÃO PRÓ EMANCIPAÇÃO

Diante das grandezas do município e sua autosuficiência foi formada uma comissão com o intuito de alavancar a emancipação do Município e delas participaram ativamente Antonio Bufolin, Pedro Justino de Almeida, Cristovão Masson, Júlio Roberto de Almeida, Mário Oliveira Guedes, Devanil Maria Luiz, Derivan Monteiro, Francisco José Bernardo que apresentou um relatório de viabilidade de criação do Município que foi aceito pelo então governador Júlio de Campos. Para registro antes desta emancipação, uma tentativa de emancipação já havia acontecido anteriormente sem sucesso. Quando da emancipação a gestão de governo de Barra do Bugres era do Prefeito Agostinho Sansão.


BRASÃO E BANDEIRA

O Brasão e a Bandeira foram criados pela lei 51/1989 e o Hino do Município foi criado pela Lei Municipal nº 132/1992, pelo Poeta João Paulo, este já falecido.


OS PRESIDENTES DA CÂMARA

Já foram presidente da Câmara, Vivaldino Gomes dos Santos, de 1987 a 1988, sendo este o primeiro Presidente da história da Câmara Municipal, o próximo presidente foi Mário Oliveira Guedes, de 1989 a 1990, o próximo foi Carlos Alves Filho, de 1991 a 1992, o próximo foi Francisco José Bernardo para a legislatura de 1993 a 1994, porém presidiu somente de 01 de janeiro a 30 de junho de 1993, assumindo em seu lugar o vereador Paulo Roberto de Moraes Cavalcante, para a legislatura de 1993 a 1994, presidindo somente de 30 de junho a 27 de setembro de 1993, assumindo em seu lugar o vereador Manoel Messias da Matta, de 1993 a 1994, este encerrando a legislatura até dezembro de 1994. o próximo foi Carlos Alves Filho, pela segunda vez de 1995 a 1996, o próximo foi Antonio Rodrigues dos Santos, de 1997 a 1998, o próximo foi Carlos Alves Filho, pela terceira vez, de 1999 a 2000, o próximo foi Drildo Alves de Melo, de 2001 a 2002, o próximo foi Antonio Rodrigues dos Santos, pela segunda vez de 2003 a 2004, o próximo foi Rímer de Oliveira, de 2005 a 2006, o próximo foi Eduardo Oliveira de Almeida, de 2007 a 2008, o próximo foi Ari Cândido Batista, de 2009 a 2010, assumindo interinamente José Benício da Silva Lopes, de 01.01.2009 a 25.05.2009, durante a assunção de Ari Candido Batista à Prefeitura, o próximo foi Marina Martins Salvador Gonçalves, de 2011 a 2012, o próximo foi José Pires de Moraes Neto, de 2013 a 2014, que encerra em 31 de dezembro de 2014.


OS PRIMEIROS VEREADORES

Os vereadores da primeira legislatura de 1987 a 1988, foram Antonio da Silva, Eurípedes Gregório da Silva, Genésio Moreira de Lima, João Justino de Almeida, Joaquim Batista das Virgens, Manoel Oliveira de Almeida, Vivaldino Gomes dos Santos (Primeiro Presidente da Câmara Municipal).


OS ATUAIS VEREADORES

Os vereadores da atual gestão 2017 a 2020 são: Edinho Gregório, Cida Cassatte (presidente da Câmara Municipal), Marcinho, Severino Lima, Duda, Chiquinho da Padaria, Rita da Creche, Ronaldo do Sem Terra e Anderson do Sindicato.


ASPECTOS GERAIS

Quem nasce em Nova Olímpia é nova-olimpiense, a população em 2018 era de 20.034 habitantes, segundo fontes do IBGE. A cidade faz divisa com os municípios, Denise, Barra do Bugres, Tangará da Serra e Santo Afonso, sua altitude é de 220 mts, seu relevo é Depressão Rio Paraguai, calha do Rio Paraguai e está distante da capital Cuiabá em 198 km, suas coordenadas geográficas é 14º 46’ 85” latitude sul e 57º 17’ 82” longitude de oeste Gr, sua extensão territorial é de 1.449,07 km2, sua formação geológica é formada por coberturas não dobradas do Fanerozóico. Bacia Mesozóica dos Parecis, sua bacia hidrográfica é formada pela Bacia do Prata. Para esta bacia contribui a bacia do rio Paraguai, que recebe pela direita os rios Bracinho e Branco, suas principais atividades econômicas são as culturas de cana-de-açúcar, arroz, milho e feijão, sendo que a pecuária de corte, cria e recria tem importante desempenho na região. O extrativismo vegetal contribui para fortalecer a economia regional, seu clima é tropical quente sub-úmido com 5 meses de seca, de maio a setembro, com precipitação anual de 1.750 mm, com intensidade máxima em dezembro, janeiro e fevereiro, com temperatura média anual de 24º C, maior máxima 40º C, e menor mínima 0º C.
(Fontes: Click Nova Olímpia/Assessoria PMNO/Câmara Municipal/Decolar Mato Grosso)

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Jornalista responsavel:
Julio Cesar Faria
Juliao Pitbull - MTB 53113

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