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CORONAVÍRUS - ISRAEL: Jogadoras brasileiras, uma delas Olimpíense, tomam vacina contra Covid-19

Postado em: 24/01/2021

Carol Arruda e Sandrinha, ex-Santos, se surpreenderam com a agilidade na campanha de vacinação israelense

Enquanto o Brasil abre a primeira semana de vacinação contra a covid-19, as jogadoras de futebol Carol Arruda e Sandra Pereira, mais conhecida como Sandrinha, já receberam a dose inicial da vacina da Pfizer/BioNTech em Israel, onde atuam pela equipe da cidade Kiryat Gat, no distrito sul do país. As atletas brasileiras foram vacinadas na sexta-feira (15) e receberão a segunda dose após três semanas.

Carol e Sandrinha atuaram juntas durante uma década no time feminino do Santos até o final de 2019, quando foram transferidas para a equipe israelense. Fora do país, elas jogaram até março do ano passado, quando decidiram voltar ao Brasil, após o cancelamento das competições locais, devido à pandemia de covid-19. Durante esse intervalo, elas foram renegociadas e voltaram a Israel em novembro de 2020.

Apesar de não possuir comorbidades, a paulistana Carol, de 36 anos, sentiu um alívio após ser vacinada. “Mesmo não sendo do grupo de risco, a gente tem que ter aquele cuidado no nosso dia a dia”, diz. A zagueira conta que, para evitar o contágio, tinha o hábito até de higienizar alimentos e embalagens ao chegar em casa. “Muita gente pode achar besteira, mas é uma coisa que pode ajudar bastante”, considera.

Carol e Sandrinha atuaram juntas por 10 anos no time feminino do Santos, popularmente chamado de Sereias da Vila (Foto: Pedro Ernesto Guerra Azevedo/Santos)

As atletas se surpreenderam com a agilidade na campanha de vacinação israelense. Já que a previsão de retorno delas ao Brasil é para o meio do ano, decidiram aproveitar a possibilidade de imunização no país do Oriente Médio. “Como trabalho aqui e volto só em junho, não sabia se quando voltasse já teria vacina ou dose para eu tomar. Não poderia perder essa oportunidade”, confessou a meio-campista mineira Sandrinha, de 35 anos.

Assim como Sandrinha, Carol garante que não teve nenhum efeito colateral após ter tomado a primeira dose do imunizante, além do desconforto previsto na região onde foi aplicado. Ela destaca a importância de se imunizar e vê a decisão como um ato de cidadania: “A vacinação para covid é como as das outras vacinas. A gente tem que fazer a nossa parte”.

Com previsão para a segunda dose no próximo dia 5, as atletas reforçam que não vão abandonar hábitos adquiridos na pandemia, como usar álcool em gel. “Depois que tomar vou continuar com os cuidados. A gente tem que continuar prevenindo”, afirma Sandrinha. “Isso é uma questão de higiene pessoal”, enfatiza a colega de clube Carol.

As jogadoras disputam três competições no país. Mesmo com a campanha de vacinação, Israel ainda vive seu terceiro lockdown, o que impede que haja público durante as partidas. Com a imunização em massa, a zagueira Carol vê com otimismo os próximos meses: “Eu espero que com essa vacinação a gente consiga imunizar o máximo de pessoas possível e que possa conseguir voltar tendo torcida”.

Segundo estimativas do site Our World in Data, administrado por pesquisadores da Universidade de Oxford, Israel já vacinou cerca de 30% da população. A taxa é a maior entre os países que também estão com campanhas de vacinação em curso. Com pouco menos de 9 milhões de habitantes, o país começou a imunização há um mês e, de acordo com as expectativas do governo, todos os cidadãos israelenses com mais de 16 anos estarão imunizados até o final de março.

Para o infectologista da USP Evaldo Stanislau, o segredo de Israel é planejamento. O médico defende que o Brasil tem potencial de criar e distribuir vacinas, mas só chegará ao estágio do país do Oriente Médio com educação e publicidade positiva sobre os imunizantes. Caso não haja adesão em massa, ele é adepto da criação de mecanismos de constrangimento legais, como a apresentação da carteira de vacinação em concursos públicos.

Stanislau prevê que só após o segundo semestre de 2021 pessoas sem comorbidades poderão ser vacinadas no Brasil. De acordo com o especialista, os próximos passos de Israel serão reflexos do que a nação tem feito para controlar a pandemia. “Israel estará ganhando o direito de ir e vir e de voltar à vida normal”, finaliza.

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Jornalista responsavel:
Julio Cesar Faria
Juliao Pitbull - MTB 53113

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