Assim como na Copa do Mundo de 2014, há nove paulistas na convocação da Seleção Brasileira. Tomara que essa seja uma das poucas coincidências desta seleção para a que levou 7 a 1 da Alemanha nas semifinais, uma das maiores humilhações da história do esporte.

Apesar dessa queimação de filme, o Brasil chega como favorito na grande maioria das análises e também para as casas de apostas. A Alemanha, Espanha e França vem logo atrás em um torneio que parece ter o maior equilíbrio dos últimos anos: não há uma gigantesca diferença entre esse pelotão inicial e o secundário.

Até porque no secundário estão os dois maiores jogadores do mundo – Cristiano Ronaldo e Lionel Messi – e suas seleções, Portugal e Argentina.

A Inglaterra também tem uma seleção talentosa, com Harry Kane, atacante do Tottenham como destaque, mas um histórico de seguidos vexames nos torneios continental e mundial. E a Bélgica e sua alardeada geração também precisam mostrar resultados mais condizentes com a empolgação que eles geram.

Mas com cinco Copas do Mundo na conta, o Brasil sempre tem que chegar para arrebentar.

O estado de São Paulo na Copa do Mundo de 2018

Claro que com a camisa do Brasil, pouco importa se o autor do gol nasceu no estado de São Paulo – como Neymar – ou então em Alagoas, como o atacante do Liverpool, Roberto Firmino. Mas é interessante notar como o estado tem não só o maior número de integrantes na seleção como ainda jogadores importantes.

Além de Neymar, inegavelmente o craque da seleção, Gabriel Jesus – companheiro de ataque do ex-jogador do Santos – os meio-campistas Willian, Paulinho e Casemiro, o lateral Fagner, os zagueiros Marquinhos e Pedro Geromel e o goleiro Alisson, do Manchester City são todos paulistas.

E a maioria destes fez carreira nos clubes grandes do estado. Neymar marcou época no Santos, Gabriel Jesus surgiu e brilhou no Palmeiras, Paulinho e Fagner ganharam vários títulos com a camisa do Corinthians. Além, é claro, jogadores de outros estados que também brilharam e alguns ainda brilham nesses times, como Cássio, Renato Augusto, Danilo e Miranda (São Paulo).

Ou seja, os paulistas e torcedores dos times da capital vão ter um gostinho a mais ao ver a seleção brasileira nos gramados da Rússia.

Os desafios da seleção na Copa do Mundo

Com apenas um mês de competição e sete jogos, incluindo a final, não há espaço para erros na Copa do Mundo. E a Seleção Brasileira terá diversos desafios, além, é claro, de seus adversários, a superar nesse período.

O primeiro deles é saber a real condição de Neymar para começar a Copa do Mundo. O astro do Paris Saint-Germain teve uma fratura no pé e não jogou desde a sua operação. Tudo indica que ele estará liberado fisicamente e próximo do 100%, mas o ritmo de jogo é algo extremamente importante.

O segundo ponto é definir o substituto de Daniel Alves. O lateral do PSG era um dos homens de confiança de Tite, mas com uma lesão no joelho não poderá atuar na Copa. Danilo, do Manchester City e Fagner, do Corinthians, brigam pela vaga. O primeiro deve ganhar a preferência por atuar no forte futebol inglês, onde a marcação e disciplina tática imperam.

E terceiro, o fator psicológico.  Alguns jogadores do 7 a 1 estarão em campo e mesmo com a boa atuação na era Tite, onde o Brasil voltou a jogar como um time dominante, a equipe não foi testada em uma competição ainda. O treinador assumiu após a Copa América de 2016 e não jogamos a Copa das Confederações.

Ou seja, veremos como os nervos são geridos apenas na hora do vamos ver. O fato do trabalho até agora ter sido muito competente deve ajudar bastante nesse sentido. E termos estrelas nos melhores times do mundo, como Real Madrid (Marcelo e Casemiro), PSG (Neymar, Marquinhos), Barcelona (Philippe Coutinho, Paulinho) e muitos outros, também.  

Fonte: www.noticiasfutebol.com.br