Nesta terça-feira, 28, a Polícia Ambiental de Barretos recebeu uma denúncia de maus tratos a cães no bairro Alto Sumaré, município de Barretos. Imediatamente os policiais voaram para o local denunciado.

No local foi constatado que os moradores haviam se mudado e os animais estavam em situação precária no quintal.

Acionado o proprietário, este compareceu no imóvel e a equipe presenciou 21 cães das raças Shih-tzu e yorkshire, sendo adultos, jovens e três recém-nascidos.

Segundo a Polícia Ambiental, os comedouros estavam vazios. Não havia no quintal qualquer indício de comida. Os recipientes com água estavam sujos e cheio de terra, ou seja, sem água para os coitadinhos dos animais.

O quintal estava totalmente sujo, com a presença de lixo, mato alto, entulhos e centenas de “montes” de fezes, indicando falta de limpeza por vários dias.

Não era possível caminhar pelo quintal sem pisar em fezes, sendo que o cheiro estava insuportável e com certeza causava incômodo aos vizinhos.

Os animais estavam em visível estado de estresse e infestados de pulga.

 
Os animais peludos estavam todos embaraçados, cheios de nós e doenças de pele, resultado de um quintal totalmente sujo, falta de banho, falta de tosa, sendo notado em alguns, que as próprias fezes se fixavam na pelagem, gerando odor fétido e causando muito sofrimento aos animais.

Alguns não conseguiam nem enxergar e se movimentar adequadamente, também em virtude da falta de asseio em suas pelagens. 

Havia um cão idoso, cego, sem dentes, com um tumor nas costas, que apresentava dificuldade em encontrar a água e se arriscava ao andar no meio dos entulhos. Também andava com dificuldade, pois o pelo alto, embolado e cheio de nós em suas patas, cerceava seus movimentos, podendo ocorrer inclusive a necrose do membro, pela má circulação provocada pela pelagem.

Os policiais relataram que chegaram a presenciar o animal comendo fezes, pois não havia nenhum alimento no local.

Diante das circunstâncias observadas, restou configurada a prática de maus-tratos aos animais domésticos, conforme preconiza o artigo 29 da Resolução SMA 48/2014, bem como o crime descrito no artigo 32 da Lei Federal 9.605/98, com pena de detenção de 03 meses a um ano.

Mesmo com tamanha crueldade, devido as "otimas" leis brasileiras, o acusado ainda responderá o processo em liberdade.

Independente das Leis de merda desse país, destacamos o árduo trabalho desses herois da Polícia Ambiental, não fossem esses policiais ontem, os animais morreriam todos, dentro de alguns dias, de sede, de fome, de doenças. Uma barbaridade! Uma crueldade muito grande! Uma pena mesmo....

E vem a pergunta: Como pode uma família se mudar e abandonar os animais, que se dizem de "estimação", à própria sorte? A multa de R$ 63 mil reais ainda foi pequena pelo tamanho da crueldade. E mais, crimes desse tipo não poderiam ter uma Lei de Merda assim, tão frágil que ainda permite responder em liberdade e sabe lá se a multa será paga mesmo...

Pelos crimes foi aplicada uma multa de R$ 63 mil reais. 

Os animais foram apreendidos e depositados com uma protetora do município.         

A Polícia Ambiental orienta que o crime de maus-tratos não se configura apenas pelo ato de agredir o animal, mas qualquer prática ou atividade capaz de causar-lhes sofrimento ou dano, bem como mantê-los em recintos impróprios; debilitados por falta de alimento ou de acompanhamento de profissional habilitado;, desprovido de asseio ou que lhes impeça a movimentação, o descanso ou os privem de ar e luminosidade; obrigar os animais a trabalhos excessivos ou superiores às suas forças, dentre outras.