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7 DE SETEMBRO - Pontos turísticos para comemorar o Bicentenário da Independência em SP

Postado em: 31/08/2022

Palco de momentos importantes do 7 de Setembro, a capital paulista possui monumentos e construções cruciais para entender a história brasileira

O Dia da Independência do Brasil é comemorado em 7 de setembro e refere-se a um fato histórico de grande importância ocorrido em 1822, às margens do riacho Ipiranga. Há 200 anos, Dom Pedro I proclamou a libertação do Brasil da Coroa portuguesa ao gritar, em São Paulo, “independência ou morte”. 

O Brasil foi colônia portuguesa por cerca de 320 anos, e o domínio só terminou após o brado de Dom Pedro I às margens do Ipiranga, em 1822, há 200 anos. O momento ficou historicamente conhecido e culminou com o Dia da Independência do Brasil, ou Dia da Pátria. Portanto, neste ano, o Bicentenário da Independência do Brasil será celebrado na quarta-feira, 7 de setembro.

Alguns monumentos e pontos turísticos foram construídos e planejados para que fique “vivo” esse momento crucial. Em São Paulo (SP), onde ocorreu este determinante fato histórico, existem diversos lugares incríveis que mostram parte da trajetória do país, desde os tempos do Brasil Colônia, seguindo os passos do imperador Dom Pedro I. 

A plataforma de incentivo a experiências de viagens Conexão123 preparou uma lista com as informações mais importantes sobre esses pontos turísticos da capital paulista.

O Monumento à Independência foi inaugurado em 1922, cem anos depois do grito emblemático de “independência ou morte” feito por Dom Pedro I, às margens do riacho Ipiranga | Foto: Divulgação


Parque da Independência

Patrimônio Histórico Cultural Brasileiro, o Parque da Independência é parada obrigatória quando o assunto é adentrar à história do Dia da Independência do Brasil. Inaugurado em 1989, às margens do riacho Ipiranga, o espaço foi construído onde aconteceu o grito de Dom Pedro I. Naquele 7 de setembro de 1822, o imperador ergueu sua espada e anunciou “independência ou morte”. 

A infraestrutura conta com praça para eventos, estacionamento, pista de corrida, aparelhos de ginástica, playground, área para piquenique e sanitários. Além disso, o lugar abriga o Museu do Ipiranga e o Monumento da Independência, além da Casa do Grito, Cripta Imperial e Museu da Zoologia.

Com uma área de cerca de 160 mil m², o parque está localizado na Avenida Nazaré, s/n, no bairro Ipiranga, na Zona Sul de São Paulo. Funciona diariamente, das 5h às 20h. As estações de metrô mais próximas são a Alto do Ipiranga e a Sacomã, ambas a cerca de 2 km de distância. Já a estação de trem Ipiranga fica a 1,6 km. 

O parque da Independência é um importante símbolo histórico brasileiro, justamente por ter sido palco do grito da Independência do Brasil feito por Dom Pedro I | Foto: Divulgação


Museu do Ipiranga 

Edifício histórico e composto por um acervo único com documentos dos séculos XVII até meados do XX, o Museu do Ipiranga, oficialmente nomeado como Museu Paulista da Universidade de São Paulo, proporciona uma viagem no tempo. O espaço cultural foi construído entre 1885 e 1890, 68 anos após a proclamação da Independência do Brasil. 

O atrativo, que representa com maestria a história do país, fica localizado no Parque da Independência, no bairro Ipiranga, em São Paulo (SP). Desde 2013, o museu passa por uma reestruturação e modernização, e vai ser reinaugurado em 6 de setembro, como parte das celebrações do Bicentenário da Independência.

Tombado como Patrimônio Histórico Municipal, Estadual e Federal, o edifício-monumento vai ter 6.800 m², o dobro de área do que tinha anteriormente. A nova infraestrutura vai contar com amplas entradas, bilheteria, auditório para 200 pessoas, espaço educativo, café, loja, sala de exposição temporária, elevadores, escadas rolantes e sistema de ar-condicionado.

Dentre os aproximadamente 450 mil itens representativos, estão o famoso quadro “Independência ou Morte”, de Pedro Américo, pintado em 1888; “Retrato de D. Pedro I” e “Retrato de José Bonifácio de Andrada e Silva”, de Oscar Pereira da Silva; “Inundação da Várzea do Carmo” e "Domingos Jorge Velho e o loco-tenente Antônio Fernandes de Abreu", ambas de Benedito Calixto; e “Rua do Rosário, 1858”, de José Wasth Rodrigues.

Os preços dos ingressos para visitar o Museu do Ipiranga ainda não foram divulgados, consulte no período da sua ida. E, em breve, vai haver mais informações sobre o horário de funcionamento. Aliás, as estações de metrô mais próximas são a Alto do Ipiranga e a Sacomã, ambas a cerca de 2 km de distância. Já a estação de trem Ipiranga fica a 1,6 km. 

O Museu do Ipiranga agrega um acervo com aproximadamente 450 mil itens | Foto: Divulgação


Praça do Patriarca

No centro de São Paulo (SP), próxima ao Viaduto do Chá, a Praça do Patriarca começou a ser construída em 1912, como tributo a José Bonifácio de Andrada e Silva, considerado o Patriarca da Independência, personagem primordial por trás da emancipação do Brasil. No ano de 1972 foi incluída sua estátua, construída em bronze e projetada por Alfredo Ceschiatti, artista responsável por diversas obras espalhadas pelo país. 

A escultura em homenagem a José Bonifácio tem 3,50 m de altura e pesa cerca de três toneladas. A base do monumento é feita de granito verde, originário de Ubatuba, e tem quase dois metros de altura. A inauguração da escultura fez parte das comemorações dos 150 anos da Independência do Brasil. 

O espaço é ideal para quem deseja conhecer um pouco mais sobre a história do Dia da Independência do Brasil, além de ser uma das praças mais antigas da cidade. No centro da praça, há uma entrada para a Galeria Prestes Maia, que conecta ao Vale do Anhangabaú. Nessa área, existe um pórtico (local coberto que serve como portal de entrada de uma construção) desenhado por Paulo Mendes da Rocha. A estrutura em questão é um átrio metálico de 40 metros de vão, que marca os limites entre o centro novo e o velho, de dentro para fora da galeria. 

As estações de metrô mais próximas da praça são: Anhangabaú (190 metros), São Bento (100 metros) e Sé (400 metros).

A Praça Patriarca foi inaugurada 1912, no centro de São Paulo | Foto: Divulgação


Pateo do Collegio

Intrinsecamente ligado à criação da cidade de São Paulo, o Pateo do Collegio foi fundado em 25 de janeiro de 1554, por um grupo de jesuítas em busca de novas pessoas para evangelizar. Em relação aos passos de Dom Pedro I pela capital, quando o imperador viajou do Rio de Janeiro para São Paulo, ele ficou hospedado no Pateo do Collegio, que, aliás, era o mesmo espaço que abrigava o teatro Casa da Ópera. 

Ao longo dos anos, o Pateo do Collegio ganhou importância histórica e cultural em São Paulo, por preservar a memória da cidade e manter viva a fé cristã na sociedade.

A instituição tem três unidades: o complexo localizado no centro da capital paulista, que reúne o Museu Anchieta, a Igreja São José de Anchieta, a Biblioteca Padre Antônio Vieira e o Café do Pateo. Foi nele que D. Pedro I se hospedou e, na noite de 7 de setembro de 1822, foi aclamado Imperador do Brasil. As outras duas unidades ficam no centro histórico de Embu das Artes (região metropolitana de São Paulo): o Museu de Arte Sacra dos Jesuítas e as Oficinas Culturais Anchieta (Projeto OCA).

Na praça do Pateo do Collegio fica o Museu Anchieta, que foi inaugurado em 1979. Seu acervo é composto por artes sacra e religiosa que datam do século XVI até meados do século XX. O espaço funciona de terça a sábado, das 9h às 16h45. Ingressos: Inteira - R$ 12; Meia-entrada - R$ 6 (estudantes de escola particular, universitários e professores); Valor reduzido - R$ 3 (estudantes de escola pública de ensino fundamental e médio, idosos e aposentados); Isentos - crianças até sete anos e portadores de deficiência.

Já o Museu de Arte Sacra dos Jesuítas, localizado em Embu das Artes, foi construído na virada do século XVII para o XVIII pelos padres da Companhia de Jesus. Vários itens compõem o acervo local, entre eles: imagens sacras confeccionadas durante os séculos XVII, XVIII e XIX. O local abre de terça a domingo, das 9h às 17h (fecha das 12h às 13h). O ingresso custa R$ 12 (inteira) e R$ 6 (meia). O atrativo turístico paulista fica próximo das estações de metrô Anhangabaú (650 metros), São Bento (400 metros) e da Sé (240 metros). 

O Pateo do Collegio representa a construção da cidade de São Paulo e foi onde Dom Pedro I se hospedaou quando veio à capital paulista | Foto: Divulgação


Solar da Marquesa de Santos

O Solar da Marquesa de Santos, situado na Rua Roberto Simonsen, 136, no Centro Histórico, representa a relação extraconjugal que Dom Pedro I teve com Maria Domitila. Na mesma época que proclamou a Independência, o imperador, que era casado com a imperatriz Leopoldina, deu à sua amante diversos títulos, dentre eles o de marquesa de Santos. 

A casa que pertenceu à Domitila, entre 1834 e 1867, foi palco de muitas festas luxuosas para pessoas da alta sociedade. Hoje em dia, o edifício histórico é a sede do Museu da Cidade de São Paulo, que abriga um acervo repleto de objetos que contam a trajetória da metrópole. 

Outras 12 edificações, além do Solar da Marquesa de Santos, integram o circuito cultural do museu, e ficam distribuídas em diferentes regiões do município. Confira as unidades que fazem parte do complexo:

• Beco do Pinto: antiga passagem entre o Solar da Marquesa e a Casa nº 1. O local hoje abriga projetos de artistas contemporâneos desenvolvidos exclusivamente para o espaço (Rua Roberto Simonsen, 136 - Centro Histórico de São Paulo) - próximo a estação Sé (230 metros)

• Capela do Morumbi: a princípio pertencente à Cia. Imobiliária Morumby, o lugar passou a ser responsabilidade do Departamento do Patrimônio Histórico. Aberto ao público em 1980, o espaço é destinado para exposições de arte contemporânea, desde 1991 (Avenida Morumbi, 5.387 - Morumbi) - A estação de metrô mais próxima é a Butantã (5 km)

• Casa da Imagem: antiga Casa nº1, a instituição é voltada à memória fotográfica da cidade de São Paulo (Rua Roberto Simonsen, 136B - Sé) - próxima à estação da Sé (240 metros)

• Casa do Bandeirante (Butantã): construída entre os séculos XVII e XVIII, a casa é reduto de um passado histórico, espaço de crítica e contextualização de mitos e abrigo de documento arquitetônico preservado (Praça Monteiro Lobato, s/n - Butantã) - próxima à estação Butantã (1,5 km)

• Casa do Sertanista (Caxingui): com arquitetura característica das casas bandeiristas, com telhado de quatro águas e paredes em taipa de pilão, o ambiente é ideal para conhecer um pouco mais da história do Brasil (Praça Ênio Barbato, s/n - Caxingui) - próxima à estação de metrô Morumbi (650 metros)

• Casa do Grito: o local está incorporado ao Parque da Independência, no bairro Ipiranga, e foi reinaugurado em 2008 (Praça do Monumento, s/n - Ipiranga) - próximo às estações de metrô Alto do Ipiranga e Sacomã (2 km)

• Casa do Sítio da Ressaca: data, provavelmente, de 1719, a casa ainda preserva aspectos originais, como o telhado do século XVIII e as portas e batentes (Rua Nadra Raffoul Mokodsi, 3 - Jabaquara) - próxima à estação Jabaquara (850 metros) - Temporariamente fechada para visitação

• Casa do Tatuapé: construção em taipa de pilão, com seis cômodos e dois sótãos. A casa foi aberta à visitação em 1981 (Rua Guabijú, 49 - Tatuapé) - próxima à estação Tatuapé (1,5 km)

• Casa Modernista: projetada em 1927 pelo arquiteto ucraniano Gregori Warchavchik, a casa foi construída em 1928 e é considerada a primeira obra de arquitetura moderna implementada no Brasil (Rua Santa Cruz, 325 - Vila Mariana) - próxima à estação Santa Cruz (550 metros)

• Chácara Lane: referência histórica para a memória urbana da cidade, o local é remanescente de uma antiga chácara paulistana construída no final do século XIX (Rua da Consolação, 1024 - Consolação) - próxima à estação Higienópolis-Mackenzie (120 metros)

• Cripta Imperial: localizada no Parque da Independência, a cripta acolhe os restos mortais de Dom Pedro I, da Imperatriz Leopoldina e da segunda esposa, Dona Amélia de Leuchtenberg (Praça do Monumento, s/n - Ipiranga) - próxima às estações de metrô Alto do Ipiranga e Sacomã (2 km) 

• Sítio Morrinhos: conjunto arquitetônico com edificações dos séculos XVIII, XIX e XX, implantado na área central de uma extensa região verde, formada por árvores frutíferas e ornamentais (Rua Santo Anselmo, 102 - Jd. São Bento) - a estação mais próxima é a de Santana (2,7 km)

O Solar da Marquesa de Santos representa a história do Brasil e, atualmente, engloba as edificações que compõem o Museu da Cidade de São Paulo | Foto: Divulgação


Estrada Velha de Santos

No Parque Estadual da Serra do Mar, a Estrada Velha de Santos integrou parte da rota de Dom Pedro I até as margens do riacho do Ipiranga para soar o tão emblemático grito da Independência do Brasil. 

No entorno da Estrada Velha há um caminho pavimentado conhecido como a Calçada do Lorena, construída por volta de 1790 para facilitar o transporte de mercadorias entre o litoral e a capital paulista. A nomeação da calçada é uma homenagem a Bernardo José de Lorena, governador da Capitania de São Paulo de 1788 a 1798.

Para o Bicentenário da Independência, em 7 de setembro de 2022, o local está sendo revitalizado e vai ser entregue, no Dia da Independência, metade das obras, e o restante apenas em 2023. Os turistas podem visitar os trechos remanescentes da calçada, cerca de 4 km, que se encontram preservados. Além disso, ao longo da Estrada Velha de Santos existem outros atrativos que podem ser conhecidos, como mirantes, escadarias, esculturas e casarões com azulejos pintados à mão que retratam políticos e heróis nacionais.

Em 1922, em comemoração aos 100 anos da Independência do Brasil, foram construídos nove monumentos ao longo da estrada, uma idealização do governador de São Paulo à época, Washington Luís. Eles podem ser percorridos a pé, e cada um conta uma história e proporciona experiências inesquecíveis junto à natureza da Serra do Mar.

A caminhada leva de quatro a cinco horas. Para voltar, pode-se contratar um motorista de aplicativo, serviços de van ou contar com os fretados disponíveis nas cidades da Baixada Santista. O preço do ingresso para visitar o parque é de R$ 32.

A Estrada Velha de Santos, mais precisamente a Calçada Lorena, integrou parte do caminho utilizado por Dom Pedro I para declarar a Independência do Brasil | Foto: Divulgação

Conexão123, plataforma de incentivo a experiência de viagens da 123milhas, apresenta conteúdos informativos sobre o turismo no Brasil e no mundo, ajudando os viajantes a decidir e a planejar suas próximas viagens. No site é possível descobrir mais indicações sobre diversos destinos.

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Jornalista responsavel:
Julio Cesar Faria
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