GOLPE NO FUTEBOL - Menor vítima de falso empresário de Futebol passa 12 horas em Aeroporto
Postado em: 18/01/2017
Garoto viajou do Maranhão para Araçatuba (SP) onde faria teste em clube. Jovem foi levado à delegacia, mas não foi registrado boletim de ocorrência.
Menor no aeroporto de Araçatuba, vítima de falsa promessa de contrato com time de futebol do interior (Foto: G1)
Um adolescente do Maranhão, de 17 anos, passou uma madrugada inteira no aeroporto Dario Guarita, em Araçatuba (SP), na quinta-feira passada, dia 12. Ele ficou por mais de 12 horas esperando por um suposto diretor de um time de futebol da cidade. O menor diz que é jogador, que viajou sozinho e tinha a promessa de um contrato, mas ninguém apareceu para buscá-lo.
O voo chegou às 23h da quarta-feira (11). De acordo com o jogador, ele veio se apresentar ao time da Associação Esportiva Araçatuba (AEA). Como ninguém do time estava no aeroporto e ele não conseguiu falar por telefone com o homem que se identificou como diretor do clube, ele passou a noite no aeroporto. “Ele falou que eu ia entrar em contato com ele e assinar um contrato com a AEA. Chegando na cidade não consegui contato com ninguém”, disse o adolescente em entrevista a TV TEM.
O menor foi levado para a delegacia, mas o delegado não registrou boletim de ocorrência por entender que não existia crime no caso. O adolescente ficou sobre responsabilidade do conselho tutelar.
A direção da AEA negou ter feito qualquer negociação com o empresário do adolescente e disse também que não está fazendo contratações por enquanto. A direção falou ainda que não existe nenhum diretor do clube com o nome citado pelo menor. O celular do homem que, segundo o adolescente, se identificou como diretor da AEA, cai na caixa postal.
NOITE NO AEROPORTO
Após mais de 12 horas, os funcionários do aeroporto acionaram o conselho tutelar. Para o conselheiro, o adolescente contou que a transação foi feita entre o empresário dele que fica no Maranhão, terra natal do jogador, e um homem que se identificou como diretor da AEA.
Foto: G1
“Segundo o menor, os pais teriam juntado R$ 4,5 mil e dado para o empresário. Vamos investigar junto à polícia e entrar em contato com a família para embarcar o garoto de volta para o Maranhão”, diz o conselheiro Cláudio Lacerda.
Os próprios funcionários do conselho tutelar estão se organizando para comprar uma passagem e embarcar o menor para cidade dele, para não precisar de comunicação judicial porque, se isso acontecer, de acordo com o conselho, o menor terá que ficar na cidade até que a justiça decida o que fazer. O adolescente vai passou a noite daquela quinta-feira (12) em um abrigo na cidade.
Fonte: G1/Araçatuba